JPMorgan eleva recomendação de XP; BTG Pactual reforça aposta

Para analistas, empresa tem maior potencial de se beneficiar de uma recuperação do mercado de capitais

A ação da XP (XPBR31) está sendo apontada por duas casas de investimentos como boa oportunidade de valorização nos próximos meses, considerando o efeito do ciclo de cortes de juros sobre o mercado de capitais brasileiro.

O JPMorgan elevou a recomendação do papel de ‘neutro’ para ‘overweight’, ou acima da média do mercado.

E o BTG Pactual reforçou a recomendação de compra para a ação da XP.

No caso do JP, tratou-se de uma mudança de posições, já que o banco de investimentos reduziu a recomendação de B3 (B3SA3), de ‘overweight’ para ‘neutro’.

“Enquanto ambas as companhias possam se beneficiar de taxas de juros mais baixas, vemos a XP mais preparada para uma recuperação do mercado que a B3”, diz o relatório do JP assinado por Yuri R. Fernandes e equipe.

BTG Pactual

Já o BTG Pactual considerou a ação da XP “uma das melhores ações de risco-retorno em nosso universo de cobertura apesar do impulso pouco inspirador de curto prazo”.

O comentário da equipe do BTG liderada por Eduardo Rosman remete ao desempenho recente da XP.

Desde 23 de agosto, quando atingiu a máxima de R$ 130,55, o BDR da XP acumula queda de cerca de 10%.

No mesmo período até a véspera (4), o Ibovespa subiu 7,2%.

Para o BTG, embora não veja nenhum gatilho de curto prazo, o mercado parece exageradamente pessimista com o papel.

Além disso, pontuou, a XP distribuiu quase 100% dos lucros em dividendos neste ano e sinalizou que deve fazer o mesmo no ano que vem.

Adicionalmente, o BTG acredita que a rentabilidade sobre o patrimônio líquido da XP, hoje em 23%, deve subir para perto de 27% até 2025.

“Com o ROE em alta e o aumento dos retornos por meio de recompras e dividendos, o custo de oportunidade de esperar por um gatilho na XP diminuiu”, acrescentou o BTG.