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Bolsas europeias fecham em alta após aperto monetário agressivo do BCE
As bolsas europeias fecharam com viés positivo em dia movimentado, com a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que optou por um aperto monetário mais agressivo, e o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que sinalizou que o banco central americano deve ir pelo mesmo caminho em sua próxima reunião.
Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,50%, a 414,09 pontos. Entre os índices setoriais do índice, o setor de energia fechou com a maior queda, registrando retração de 3,06%. Na parte dos ganhos, o segmento de automóveis e peças teve valorização de 1,04%.
O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres subiu 0,33%, a 7.262,06 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,09%, a 12.904,32 pontos, e o CAC 40, de Paris, ganhou 0,33%, a 6.125,90 pontos. O FTSE MIB, de Milão, subiu 0,04%, a 21.489,36 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, avançou 0,17%, a 7.855,90 pontos.
Na manhã de hoje, o BCE elevou sua taxa referencial de juros em 0,75 ponto percentual, de zero para 0,75%, informou a autoridade monetária há pouco. Segundo o BC da zona do euro, novas altas de juros serão necessárias para “reduzir a demanda e evitar o risco de uma alta persistente nas expectativas de inflação”. A autoridade monetária reiterou, em comunicado, que a decisão de hoje foi tomada – e que novas altas virão – porque a inflação permanece muito elevada em níveis recordes e deverá permanecer acima da meta de 2% por um longo período. Com a alta de 0,75 ponto, a taxa referencial ficou em 0,75%, a taxa de refinanciamento em 1,25% e a taxa overnight em 1,50%.
Após a divulgação da decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, reiterou que novas altas nos juros serão necessárias para combater a inflação e levá-la de volta à meta de 2%. Questionada sobre o tamanho das próximas altas, Lagarde disse que “quanto mais longe estivermos da taxa final, maiores terão que ser os passos”, sugerindo que novas altas de 0,75 ponto percentual podem ser realizadas.
“O BCE mostrou forte determinação em mover a política monetária para uma postura mais normal e indo além disso para desacelerar a demanda. Lidar com a alta inflação é a principal razão para a mudança agressiva do banco central”, afirmou o economista-chefe do Julius Baer, David Kohl.
O analista apontou que o banco suíço espera que o BCE aumente as taxas em 0,50 ponto percentual em sua próxima reunião e continue aumentando as taxas em dezembro e fevereiro de 2023 em 0,25 ponto percentual em cada reunião.
Já nos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, participou da conferência anual de política monetária do Cato Institute na manhã de hoje e afirmou que o BC americano não pode afrouxar a política monetária cedo demais, sinalizando que o Fed continuará agindo de maneira agressiva para controlar a inflação antes que o público comece a esperar uma inflação mais elevada.
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