Bolsas da Europa avançam, enquanto futuros de NY estão mistos sob ecos do Fed
As principais bolsas da Europa são negociadas em alta nesta quinta-feira, na primeira reação do mercado acionário da região à ata da reunião de maio do Federal Reserve, divulgada ontem à tarde. Já os futuros dos índices de ações em Nova York não exibem uma direção única, ainda sob impacto dos planos do Federal Reserve de elevar a taxa de juros nos Estados Unidos rapidamente.
Às 7h10, o índice Stoxx Europe 600 subia 0,32%, aos 435.72 pontos. Nas bolsas, Paris tinha alta de 0,72%, aos 6.346 pontos; Frankfurt avançava 0,62%, aos 14.097 pontos; e Londres crescia 0,15%, aos 7.534 pontos. Entre as ações, destaque para as petrolíferas e varejistas, que avançam, enquanto as mineradoras e as relacionadas a serviços públicos recuam.
Em Nova York, no pré-mercado, o futuro do Dow Jones subia 0,36%; o do S&P 500 crescia 0,23% e o do Nasdaq tinha ligeira baixa de 0,05%, com as negociações mostrando uma postura mais cautelosa dos investidores após a divulgação da ata do Fed.
No documento, a autoridade monetária sinalizou que novos aumentos de 0,5 ponto percentual (pp) nas próximas duas reuniões, cada, são apropriados. Porém, os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed também mostraram uma postura menos agressiva (“hawkish”) em relação aos receios em torno da inflação e do crescimento global.
“Não houve surpresas hawkish ou dovish nem menção de um aumento maior [na taxa de juros]”, disse Anderson Alves da ActivTrades, em relatório. Segundo ele, a expectativa é de que o Fed seja capaz de esfriar a inflação, que está na máxima em quatro décadas, sem levar a maior economia global à recessão.
O destaque do dia fica com a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre deste ano, após a surpreendente queda de 1,4% na primeira estimativa para o período, na taxa anualizada. O dado será divulgado às 9h30, juntamente com as solicitações semanais de seguro-desemprego no país.
Ontem, na ata, o Fed manteve o crescimento sobre o crescimento econômico, sem mencionar o risco de uma recessão ou do impacto na lucratividade das empresas vindo de um aperto monetário mais agressivo do juro básico americano.