Ibovespa fecha no menor nível desde junho com queda de Petrobras; dólar vai a R$ 5,01
A bolsa de valores hoje operou com forte instabilidade e terminou esta segunda (23) no campo negativo, impactada principalmente pelo desempenho da Petrobras. A boa performance das ações do setor imobiliário não foi suficiente para manter o índice no campo positivo.
Assim, o Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou em queda de 0,33%, a 112.784,52 pontos, atingindo o menor patamar desde 6 de junho de 2023.
“Perdas nas commodities e indigestão dos investidores com as mudanças no estatuto social da Petrobras pesaram sobre o Ibovespa, com a petroleira liderando as perdas”, destaca Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.
Dólar hoje
Simultaneamente, o dólar caiu em relação ao real. A moeda norte-americana fechou em queda de 0,29%, R$ a 5,0169. Na mínima, o dólar chegou a cair a R$ 4,99.
No cenário internacional, o dólar também caiu. O DXY registrou queda de 0,59%, a 105,53 pontos.
Ações em alta na bolsa de valores hoje
O Imob, índice do setor imobiliário, fechou o dia com ganhos de 3,50%, muito acima de todos os outros índices setoriais, o que colocou a Gafisa entre as melhores ações da bolsa de valores hoje.
O setor foi beneficiado pela queda de mais de 2% no minério de ferro no mercado internacional. Veja as empresas que mais tiveram alta no pregão.
- Log-In (LOGN3) +12,74%
- Recrusul (RCSL3) +10,11%
- Gafisa (GFSA3) +9,50%
- Méliuz (CASH3) +9,33%
- CVC (CVCB3) +9,20%
Ações em baixa: Petrobras fica entre as piores
Por outro lado, no campo negativo, destaque para a Petrobras, que perdeu mais de 6%, tanto nas ações preferenciais quanto nas ordinárias, com destaque para a preferencial (PETR4), que movimentou mais de R$ 3 bilhões na sessão. Veja a lista das empresas com as piores quedas do dia.
- Ambipar (AMBP3) -7,06%
- Petrobras (PETR4) -6,61%
- Petrobras (PETR3) -6,03%
- Banco da Amazônia (BAZA3) -4,59%
- Cruzeiro do Sul (CSED3) -3,35%
Os rankings englobam ações com volume superior a R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas às 17h13, depois do fechamento, e estão sujeitas a atualizações.
Bolsas mundiais
As bolsas de Nova York operaram voláteis durante o dia e fecharam sem sinal único. O alívio na escalada dos juros dos Treasuries abriu espaço para uma tentativa de recuperação dos mercados acionários, em meio às incertezas com a economia global e a guerra no Oriente Médio.
O índice Dow Jones recuou 0,58%, aos 32.936,15 pontos, o S&P 500 cedeu 0,17%, aos 4.216,96 pontos e o Nasdaq fechou em alta de 0,27%, aos 13.018,33 pontos.
Na Europa, o desempenho dos índices também não foi uniforme.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,36%, aos 7.375,61 pontos; em Frankfurt, o DAX cedeu 0,03%, aos 14.793,60 pontos; em Paris, o CAC 40 ganhou 0,51%, aos 6.850,90 pontos; em Milão, o FTSE MIB subiu 0,80%, aos 27.575,54 pontos; em Madri, o Ibex 35 perdeu 0,35%, aos 8.997,20 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,19%, aos 6.027,70 pontos. As cotações são preliminares.
Inflação também mexe com bolsa de valores hoje
A bolsa de valores hoje também recebeu o impacto, principalmente durante a manhã, das projeções do Boletim Focus desta segunda-feira. O comunicado aponta um recuo na projeção da inflação no fim do ano, de 4,75% para 4,65%. Assim, essa caminha para ser a primeira vez desde 2020 que o Banco Central irá cumprir a meta para o IPCA.
Depois de uma sequência de revisões para cima, a previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2023 apresentou uma leve baixa, de 2,92% para 2,90%, segundo o Boletim Focus.
O comunicado mostrou ainda deflação esperada para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) este ano.
A mediana para as projeções do IGP-M em 2023 é de queda de 3,56%. Há um mês, a projeção era de deflação de 3,75%.
Confira também as projeções do Focus para Selic e dólar.
Com informações do Estadão Conteúdo