Bolsas da Europa fecham em alta, com investidores à espera da ata do Fed

O índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,63%, a 434,31 pontos

As bolsas europeias fecharam em alta nesta quarta-feira, com os investidores aguardando a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que será divulgada às 15h (horário de Brasília).

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,63%, a 434,31 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,51%, a 7.522,75 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,63%, a 14.007,93 pontos, e o CAC 40, de Paris, ganhou 0,73%, a 6.298,64 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 1,57%, a 24.250,45 pontos, e o Ibex 35, de Madri, subiu 1,49%, a 8.760,20 pontos.

As ações do setor de viagens e lazer fechou hoje em alta de 0,58% e reverteu parte das fortes perdas de mais de 3% sofridas ontem, com a ação da AirFrance-KLM fechando ontem em queda de 20,63% na bolsa de Paris, depois que a companhia anunciou o lançamento de um aumento de capital por meio de uma emissão de 1,93 bilhão de ações. Hoje, a ação da companhia aérea subiu 0,60%.

As ações do setor de produtos e bens ao consumidor, que fechou em queda de 1,6% ontem, também reverteu parte das perdas, fechando em alta de 0,40% na sessão de hoje. O setor bancário – de maior peso no Stoxx 600 – subiu 1,29% no pregão desta quarta-feira.

Os investidores seguem à espera agora da divulgação da ata do encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de maio, em busca de pistas sobre a trajetória da política monetária do Fed. O presidente do BC americano, Jerome Powell, assim como outros integrantes do Fed, indicaram que o cenário base é de uma elevação de juros de 0,5 ponto percentual nas duas próximas reuniões do Fomc.

Os investidores seguem atentos, porém, a qualquer sinal de que os integrantes do Fomc estejam reavaliando esta posição. De um lado da balança, a inflação persistentemente elevada nos EUA encorajaria o Fed a elevar os juros de maneira mais agressiva, mas, por outro, os temores de desaceleração econômica – incluindo riscos de recessão – favorecem um aperto monetário mais lento.

Vale lembrar que no encontro de maio, o Fed acelerou o ritmo de alta da taxa de juros, para meio ponto percentual (pp), depois de ter iniciado o ciclo de aperto em março com uma dose menor, de 0,25 pp.