Ibovespa sobe 0,71% acima dos 119 mil pontos com Magalu (MGLU3) disparando 23%

Índice volta aos 119 mil pontos com alta de Magalu e cenário externo positivo; dólar sofre queda e vai a R$ 4,87 na bolsa de valores hoje

A bolsa de valores hoje operou a maior parte do pregão em alta e conseguiu fechar no azul. O Ibovespa firmou avanço de 0,71% no pregão desta quarta-feira (7), cotado a 119.268 pontos. O dólar, por outro lado, terminou o dia em queda, avaliado em R$ 4,87.

O Ibovespa hoje terminou o dia influenciado por mercados no exterior, impulsionado por alta nas bolsa de valores de Nova York. A percepção dos investidores é de que há espaço para cortes de juros por lá, com afrouxamento monetário do Federal Reserve, o banco central do país. Além disso, a ata do Copom foi divulgada nesta quarta-feira, alertando para riscos fiscais ao descumprir a meta de zerar o déficit prevista no arcabouço fiscal.

Entre as maiores altas do Ibovespa, empresas de varejo, seguros e turismo ocuparam as primeiras posições do índice. Ativos do segmento financeiro também se valorizaram na bolsa, principalmente o Itaú, que reportou na noite de terça-feira um resultado financeiro “levemente acima do esperado”, na avaliação de Andre Fernandes, sócio da A7 Capital.

Na outra ponta do índice, as principais ações em baixa são das empresas de commodities. Isso porque a balança comercial chinesa teve “baixo desempenho”, aponta Fernandes.

“Hoje tanto petróleo quanto o minério de ferro estão em forte queda.”

Dólar hoje

O dólar hoje encerrou o pregão em queda de 0,26% frente ao valor do real. A moeda norte-americana agora está cotada a R$ 4,8750. Na mínima, o dólar caiu a R$ 4,85.

No exterior, contudo, o dólar se fortaleceu frente a outras moedas de economias importantes, como o euro e o iene. O índice DXY, que mede o dólar frente a essas e outras moedas, subiu 0,31% aos 105,546 pontos.

Ações em alta

Liderando as ações em alta da bolsa de valores hoje, os papéis de Magalu decolaram e tiveram valorização de 23,78%. Com este último avanço, as ações da companhia chegaram ao maior valor desde 18 de outubro.

Confira abaixo as cinco ações que tiveram maior alta na bolsa de valores nesta terça-feira. A lista contempla papéis que tiveram volume de negociação igual ou superior a R$ 1 milhão, e foi atualizada às 18h30, podendo sofrer alterações:

  • Magazine Luiza (MGLU3): +23,78%
  • Sequoia Logística (SEQL3): +17,02%
  • Lojas Quero-Quero (LJQQ3): +10,44%
  • Hapvida (HAPV3): +8,54%
  • Helbor (HBOR3): +8,54%

Ações em baixa na bolsa de valores hoje

A ação com maior baixa na bolsa de valores hoje foi a ordinária da companhia de agronegócio 3Tentos (TTEN3). O papel ordinário recuou 5,93% nesta quarta-feira.

Confira as cinco ações que tiveram a maior baixa na bolsa de valores hoje:

  • 3Tentos ON (TTEN3): -5,93%
  • Pague Menos ON (PGMN3): -4,26%
  • Cambuci ON (CAMB3): -3,85%
  • Prio ON (PRIO3): -2,48%
  • Valid ON (VLID3): -2,32%

Bolsas de Nova York hoje

As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, com o Nasdaq em destaque em meio à queda firme dos juros dos Treasuries. Os ganhos dos demais índices foram limitados principalmente pelo setor de energia, duramente penalizado pela forte desvalorização do petróleo.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,17%, a 34.152,60 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,28%, a 4.378,38 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,90%, a 13.639,86 pontos.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa, por outro lado, fecharam com viés negativo, pressionadas por dados fracos da zona do euro e da balança comercial da China.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,10%, aos 7.410,04 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,11%, aos 15.152,64 pontos. Já em Paris, o CAC 40 recuou 0,39%, aos 6.986,23 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve perdas de 0,06%, aos 9.235,90 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,69% hoje, aos 28.395,90 pontos. Por fim, o PSI 20 teve queda de 2,54%, firmando-se em 6227,35 pontos.

Ata do Copom

A ata do Copom foi divulgada nesta manhã. Segundo André Perfeito, economista, o texto reforçou a perspectiva de que “o corte total da Selic não será tão grande quanto o mercado esperava”.

No texto, o Copom avalia que “a desancoragem das expectativas de inflação para prazos mais longos se manteve desde a última reunião do Copom. Por fim, as projeções de inflação no horizonte relevante apresentaram alguma elevação e se encontram acima da meta”.

Com informações do Estadão Conteúdo