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Braskem (BRKM5) despenca quase 15% no Ibovespa após desistência da Adnoc
Empresas citadas na reportagem:
As ações da Braskem apresentam queda livre no índice Ibovespa nesta segunda-feira (6) após a possível interessada em comprar a petroquímica Adnoc apresentar carta de desistência do negócio.
A petroleira de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, informou à Novonor, controladora da Braskem, que “não tem interesse em dar continuidade ao processo” de prospecção visando compra de ações da Braskem.
Até 13h30 a ação preferencial de classe A da Braskem (BRKM5) apresenta queda de 14,62% no Ibovespa, a pior queda do dia até o momento. O papel da petroquímica é um dos mais negociados no dia já que a tese de venda da Braskem (BRKM5) era aguardada pelo mercado.
Desistência da Adnoc na compra da Braskem (BRKM5)
Em nota, a Novonor informou a investidores que a Adnoc “não têm interesse em dar continuidade ao processo de análise e negociações” sobre potencial transação envolvendo a Braskem (BRKM5).
“A Novonor segue plenamente engajada no processo, em linha com o compromisso assumido com suas partes relacionadas”, informou a sócia da Braskem em comunicado.
A companhia, ex-Oderbretch, é sócia majoritária da Braskem, com mais de 50% do capital votante, e tem a Petrobras (PETR3;PETR4) como sócia, com 47%.
Assim, com a carta de desistência, a Adnoc põe fim a uma possível aquisição da petroquímica que se arrasta desde maio de 2023.
A companhia árabe especializada em operações offshore chegou a propor um acordo com o fundo americano Apollo Ventures para a aquisição de 100% da Braskem. A proposta incluía o pagamento de R$ 47 por ação (BRKM5).
Ambas chegaram a oferecer R$ 37,5 bilhões pela Braskem, mas a Novonor recusou a oferta em maio do ano passado.
Depois, quando os americanos desistiram da oferta, a Adnoc continuou na mesa de negociação com a Novonor pelo controle da empresa brasileira.
Falta de acordo sobre Maceio afetou negociação, diz jornal
De acordo com o jornal Valor Econômico, a ausência de um acordo definitivo sobre os passivos provisionados para o desastre ambiental de Maceió e, além disso, o interesse em outros ativos de óleo e gás ao redor do mundo, como o da British Petroleum, levaram a Adnoc a desistir da aquisição.
Em março, o CFO da Braskem, Pedro Freitas, disse que o fluxo de caixa excedente da atividade em Braskem, considerando sua joint venture com a mexicana Idesa, seria estável não fosse a despesa provisionada para remediar o colapso das minas de sal-gema na capital alagoense.
O diretor financeiro afirmou que a Braskem estaria próxima de um break even de caixa em 2024. Além disso, Freitas reiterou que o consumo de caixa neste ano “será para Alagoas”. A Braskem já pagou R$ 10,7 bilhões pelo desastre e aumentou a provisão para a cidade em R$ 1 bilhão no último trimestre.
Ainda segundo o Valor Econômico, a Braskem estaria no radar de outra empresa árabe: a Petrochemical Industries Company (PIC). Representantes da Novonor foram recebidos pela companhia no Kuwait, segundo o jornal.
Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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