Braskem (BRKM5): Petrobras recebe carta com oferta de fundo de private equity e petroleira de Abu Dhabi

Apollo e Adnoc estariam interessadas em 'discutir potenciais negocios' para a venda de Braskem (BRKM5) com a Petrobras

A Petrobras informou nesta sexta-feira (19) que recebeu uma carta com detalhes de uma oferta pela petroquímica Braskem (BRKM5). Os interessados são o fundo de private equity Apollo Management e o grupo de energia dos Emirados Árabes Unidos (EAU) com sede em Abu Dhabi Adnoc, especializado em operações offshore.

A estatal afirma que recebeu a proposta “pelo fato de que a Companhia é a segunda maior acionista da Braskem e parte do acordo de acionistas”. A principal acionista e controladora da petroquímica é a Novonor S.A (ex-Oderbrecht).

Braskem na mira de Apollo e Adnoc

Em comunicado ao mercado, a Petrobras afirmou que a Apollo e a Adnoc estariam interessadas em “discutir potenciais negócios” com a petroleira.

“A Companhia reforça o seu compromisso com a ampla transparência dos processos de desinvestimentos e de gestão de seu portfólio e que fatos relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”, reforçou a empresa.

A Braskem está na mira do fundo de private equity e da petroleira árabe já há algum tempo. A Apollo e a Adnoc chegaram a oferecer R$ 37,5 bilhões por 100% das ações da Braskem, mas a Novonor recusou a oferta. Nesse sentido, a proposta das empresas previa o pagamento de R$ 45 por ação.

A Petrobras possui 36,1% do capital da Braskem e 41% do capital votante da petroquímica. Já a Novonor tem 50,1% do capital da companhia, sendo voto majoritário para uma possível aquisição.

Resultado de 4T2022 de Braskem (BRKM5) decepcionou

A Braskem teve um de seus piores resultados financeiros da história no quarto trimestre de 2022. Ao final do ano, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão — no ano, fechou o balanço no vermelho por R$ 336 milhões.

O resultado foi principalmente ruim no Brasil e no México, dois dos principais polos operacionais na Braskem. No Estados Unidos e Europa, onde a companhia também opera fabricando polipropileno para indústria, o desempenho foi um pouco melhor.

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