Alpargatas (ALPA3; ALPA4) lidera bolsa pelo segundo dia seguido com aumento de participação de controladores

OPA aumenta participação de controladores, mas reduz liquidez, dizem analistas

As ações ordinárias da Alpargatas, controladora da Havaianas, sobem 12,31% por volta das 11h45 desta terça-feira (23). O resultado ainda é decorrência do anúncio do aumento de participação dos controladores no capital social da empresa.

Na segunda, um dos acionistas  controladores da Alpargatas decidiu fazer uma oferta pública voluntária (OPA) para comprar 32 milhões de ações preferenciais (ALPA4) em circulação. Com isso, as ações preferenciais lideraram os ganhos na bolsa no pregão, fechando com alta de 17,41%. Nesta terça, as ações ordinárias se destacam.

Recomendação e preço-alvo

A XP tem recomendação neutra para as ações da Alpargatas, com preço-alvo de R$ 15, potencial de alta 42% ante o fechamento de ontem na B3.

XP: OPA aumenta participação de controladores, mas reduz liquidez

Um dos acionistas controladores da Alpargatas, Grupo MS, comprará até 32 milhões de ações por meio de oferta pública de aquisição (OPA), um anúncio neutro, pois, pelo lado positivo, o acionista controlador aumenta sua participação a um prêmio de 17% em relação aos preços atuais, mas deve reduzir a liquidez, diz a XP, em relatório.

Os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday escrevem que, se a oferta for concluída nos termos do edital proposto, a quantidade de ações em circulação seria reduzida para 27%, ante 32% atualmente, enquanto o Grupo MS aumentaria sua participação para 34% da companhia, ante 29% atualmente.

Segundo eles, o anúncio traz uma referência de preço de R$ 10,5 por ação como um ponto de entrada interessante para um dos acionistas controladores da empresa, mas deve reduzir a liquidez das ações, enquanto o laudo de avaliação aponta para um valor justo de R$ 8,74 por ação com base no múltiplo dos pares, com a Rothy’s avaliada em R$ 1 bilhão.

Eles dizem ainda que os resultados de curto prazo da Alpargatas permanecem pressionados pelo cenário macroeconômico atual e pelos ajustes estratégicos que estão em andamento na empresa.