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Ação da Vale volta a liderar as indicações para o mês
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O setor financeiro e de commodities são destaques na seleção de dezembro
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Analistas apontam o cenário fiscal e os efeitos da nova variante do coronavírus como principais riscos do mês
Empresas citadas na reportagem:
Em um ano marcado por incertezas e volatilidade na bolsa de valores, a Carteira Valor chega a dezembro com uma forte presença do setor financeiro e de commodities na seleção. Com os riscos fiscais e o temor com os possíveis impactos da nova variante do coronavírus na economia, as ações dos grandes bancos podem ser usadas como uma forma de proteção para o portfólio do investidor, dizem analistas. Isso porque tendem a oscilar menos em momentos de tensão. Por outro lado, o aumento nos preços das commodities favorece os papéis ligados a esse segmento.
A liderança das indicações voltou a ficar com a mineradora Vale, apontada por nove corretoras participantes. Além dela, voltam a figurar na lista Gerdau, indicada cinco vezes, Petrobras e a distribuidora de combustíveis Vibra (ex-BR Distribuidora), apontadas três vezes cada uma. A novidade do setor exportador é a fabricante de celulose Suzano, com três indicações.
O setor financeiro também ganhou novos representantes em dezembro. Além de Itaú Unibanco, que permanece na seleção com quatro indicações, Bradesco e Banco do Brasil voltam à lista, indicados cinco e quatro vezes, respectivamente.
Por fim, encerram a seleção, com três indicações cada, os papéis da rede de hospitais Rede D’Or, repetindo a aparição do mês passado, e as ações da empresa de shoppings centers Multiplan, que aparece como uma novidade e podem se beneficiar das movimentações do comércio no fim de ano.
A Carteira Valor reúne as dez ações mais indicadas pelas corretoras participantes. Ao todo, são 19 casas que escolhem cinco papéis que elas esperam que se valorizarem no mês. Atualmente, compõem a Carteira Valor as corretoras Ativa, Ágora, BB Investimentos, Banco Inter, CM Capital, Elite, Genial, Guide, Mirae, Modalmais, MyCap, Necton, Nova Futura, Órama, Planner, Safra, Santander, Terra e XP Investimentos.
A Carteira Valor registrou queda de 1,01% em novembro e o Ibovespa, de 1,53%. Em 12 meses até novembro, a Carteira tinha queda de 0,87% ante a uma queda de 6,41% do Ibovespa. Já no ano, a Carteira tem queda de 7,84%, enquanto o principal índice da B3 cai 14,37%.
Para os analistas da Órama, a retomada da economia global pode resultar em um novo superciclo de commodities, especialmente do minério de ferro. Eles dizem acreditar que as economias desenvolvidas entrarão em um período de estímulo por meio de investimentos em infraestrutura, o que aumentará a demanda pelo minério.
“Esse crescimento de demanda tem impactado de forma significativa os preços da commodity e, consequentemente, beneficiado as mineradoras de forma geral”, afirmam em nota. A casa destaca que a Vale possui algumas plantas que estão paradas. Por isso, caso haja um aumento repentino da demanda, ela está apta a atendê-la.
No setor financeiro, Ricardo Perretti, estrategista pessoa física do Santander, afirma que sua escolha foi pautada no fato de o Itaú Unibanco ser o maior banco privado nacional, além de estar presente em outros 18 países. Segundo o especialista, um dos seus principais diferenciais é a estratégia que busca integrar agências físicas e empreendimentos digitais. A recomendação dos analistas do Santander para as ações passou de “manutenção” para “compra” recentemente, especialmente devido aos bons resultados trimestrais apresentados pelo banco.
Segundo os analistas da Nova Futura, a escolha de Bradesco é justificada por “ser uma companhia com ótimos fundamentos” e que tem no horizonte um cenário de alta de juros que pode ser benéfico para a instituição, uma vez que aumenta seus ganhos. “Outro fator importante é o de que, entre os grandes bancos privados, a companhia é a com a maior possibilidade de alta.”
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