CVM afirma que entidade não pode tolerar influenciadores que ultrapassam os limites do que seria uma influência

João Pedro Nascimento, presidente da CVM, deu como exemplo influenciadores que fazem análises de investimentos, recomendam ativos, entre outros
Pontos-chave:
  • Presidente da CVM disse que a proposta não é barrar o direito de liberdade de expressão

De acordo com João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a autarquia não pode tolerar situações em que os influenciadores transbordam os limites do que seria uma influência.

Diante disso, Nascimento deu como exemplo influenciadores que dão opiniões sobre o mercado financeiro, fazem análises de investimentos e recomendam ativos.

“Isso a gente não pode tolerar porque estão invadindo a esfera dos nossos agentes regulados, estão entrando no perímetro da CVM”, afirma Nascimento.

Influenciadores e os direitos de agentes regulados

Ainda de acordo com o presidente da CVM, a proposta não é barrar o direito de liberdade de expressão dos influenciadores ou qualquer outra pessoa.

“A gente vai seguir aprimorando e esperamos olhar para os influenciadores e ter um cuidado para que eles não invadam a prerrogativa de agentes regulados, mas ao mesmo tempo tentar enxergar neles algumas oportunidades para que a CVM multiplique a mensagem da educação financeira”, diz.

Inclusive, no fim do mês de agosto, diversos usuários do Twitter que são ligados ao mercado financeiro relataram o recebimento de um e-mail da própria rede social requerendo dados solicitados pela CVM.

Dessa forma, entre as informações pedidas estavam: nome, CPF, data de nascimento, telefone e e-mail.

Segundo informações, o ofício fazia parte de um processo que estava no âmbito da Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI).

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