Vai comprar um imóvel? Confira quanto fica a parcela de um financiamento de R$ 500 mil
Saiba também qual é a renda mínima necessária para realizar o sonho da casa própria
Quem vive em grandes centros urbanos, como São Paulo, com certeza já deve ter percebido a quantidade de imóveis que estão sendo construídos. De acordo com a Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI), entre junho de 2022 a maio desse ano, as vendas totalizaram mais de 70 mil unidades, com VGV (Valor Global de Vendas) de mais de R$ 36 bilhões.
E para quem está em busca de um imóvel, fazer as contas é mais do que necessário. E, assim, evitar que o sonho da casa própria se torne um pesadelo. Desse modo, nós da Inteligência Financeira, consultamos alguns especialistas que trouxeram para a gente quanto fica a parcela de um financiamento de R$ 500 mil.
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Além disso, a gente também mostra a renda mínima necessária para conseguir um imóvel deste valor. E mais: opções de investimentos para contribuir no montante que será destinado para o novo lar.
Quanto fica a parcela de um financiamento de R$ 500 mil?
Mas antes de partirmos para os cálculos, Anderson Augusto, fundador e CEO da Toodo.Be., afirma que existem muitos fatores que determinam o valor da parcela, tais como:
- Idade do proponente;
- Taxa de juros aplicada pelo banco concessor do crédito;
- Modalidade do financiamento etc.
“Porém, na média o valor da parcela representa aproximadamente 1% do valor do financiamento”, afirma o especialista.
Diante disso, quanto fica a parcela de um financiamento de R$ 500 mil? Segundo Anderson Augusto, no sistema SAC (Sistema de Amortização Constante), com prazo máximo de 420 meses, a primeira parcela vai ficar aproximadamente R$ 5 mil e a última aproximadamente R$ 3 mil.
Para você entender melhor, o SAC é um modelo de pagamento do financiamento que acontece de forma constante. Desse modo, o valor das parcelas, que vai diminuindo ao longo do tempo, é composto pelos juros que foram acordados durante o processo de aquisição do imóvel.
“O que baliza a taxa de juros aplicada por cada banco, que varia de um para o outro, é a taxa Selic. Desta forma, tanto os bancos privados como os bancos públicos, aplicam a taxa de juros do financiamento imobiliário, que é regido pelo sistema financeiro de habitação, regulamentado pelo governo e fiscalizado pelo Banco Central”, esclarece Augusto.
De acordo com Jefferson Souza, especialista em investimentos da Semeare, atualmente, pela tabela SAC, a taxa do financiamento pode variar entre 8% e 12% a.a. dentro de um prazo de 30 anos para a quitação do imóvel.
Qual a renda mínima para financiar um imóvel de R$ 500 mil?
Outro ponto bastante necessário antes de partir para o financiamento da casa própria, é saber a renda mínima necessária para conseguir a aprovação do trâmite junto com o banco.
Portanto, vale saber que de acordo com a regra, o endividamento máximo de um cidadão é o limite de 30% de sua renda bruta. “Sendo assim, para um financiamento de R$ 500 mil, a renda familiar mínima necessária é de aproximadamente R$ 17 mil”, afirma Anderson Augusto.
Bons investimentos
Agora que você já sabe quanto fica a parcela de um financiamento de R$ 500 mil, vamos falar um pouco sobre boas opções de investimentos para o sonho da casa própria.
Por isso, é importante você saber o quanto já tem separado para esse projeto. Além, claro, de quando quer alcançar o primeiro objetivo, que é o pagamento da entrada. “Por isso, quanto menor for o prazo para atingir esse objetivo, menor tem que ser o nível de risco. Então, antes de decidir onde aplicar, é necessário descobrir o seu perfil investidor. Esse seria o primeiro passo”, explica Genilson Junior, head de investimentos da Conta Black.
Desse modo, o especialista aponta que o ideal seria pensar em um investimento mais conservador. Entre as opções estão: fundos de renda fixa, títulos como CDB, LCI, LCA e Tesouro Selic.
“Esses investimentos têm alta segurança, o que deixa o investidor mais confortável e tranquilo. Além disso, você pode aplicar em mais de uma dessas categorias, diversificando sua carteira ao longo dos meses”, afirma o head de investimentos.
Investimentos podem ajudar a reduzir o valor mensal da parcela?
Para saber se o produto que você decidiu investir parte do seu patrimônio pode contribuir a diminuir o boleto da parcela do financiamento, o primeiro passo é entender qual é a taxa de juros paga no financiamento e comparar com a rentabilidade que você teria ao investir.
“Se os juros pagos forem menores do que o rendimento, vale a pena investir para ter um recurso maior em um momento futuro e antecipar mais parcelas. Por outro lado, caso a taxa de juros paga no financiamento seja maior do que o rendimento dos investimentos, vale mais a pena antecipar parcelas para reduzir a dívida”, diz Junior.
Para contextualizar, o especialista dá um exemplo. “Se você paga 9% ao ano em um financiamento e os seus investimentos crescem 12% ao ano, vale mais a pena investir. Se o caso for o contrário, daí o melhor é antecipar as parcelas”, finaliza.