Por que você deve fazer um seguro de vida?

Entenda o caso de Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley que teve a causa da morte divulgada e deixou dois seguros milionários

Na quinta-feira (13), o LA County Coroner, órgão equivalente ao IML de Los Angeles, nos Estados Unidos, divulgou a causa da morte de Lisa Marie Presley, filha única do astro Elvis Presley. Lisa morreu devido a uma obstrução do intestino delgado, após uma cirurgia bariátrica para perda de peso.

A morte aconteceu há seis meses, quando Lisa tinha 54 anos. Além disso, o que também deixou as pessoas chocadas foram a fortuna e as dívidas milionárias que ela deixou para trás.

Isso porque os herdeiros de Lisa Marie descobriram que ela tinha duas apólices de seguro de vida. E não só isso. Ela também deixou uma dívida de US$ 4 milhões. 

O valor do seguro, de aproximadamente US$ 35 milhões, ou R$ 200 milhões, será usado para quitar a dívida de Lisa. Já o restante, cerca de US$ 30 milhões, será dividido igualmente entre as três filhas dela.

Diante disso, fica evidente como o seguro de vida feito por Lisa está sendo importante para a família neste momento. Afinal de contas, se não existisse este contrato, as filhas dela teriam que arcar com uma dívida de milhões. A herança levou quase quatro meses para ser dividida entre sua mãe, Priscila Presley, e sua filha, Riley Keough.

O que é um seguro de vida?

E se você está pensando que o seguro de vida é coisa de gente rica, está muito enganado. Para acabar com as dúvidas, Inteligência Financeira reuniu as principais informações para você poder se guiar e entender todo o processo do seguro.

Para começar, então, o básico: o que é um seguro de vida? “Este tipo de contrato nada mais é do que uma proteção a você e a sua família no caso de algum imprevisto. Dessa forma, aqui, incluímos de tudo: morte, doença grave ou invalidez por acidente. Com essa proteção econômica e financeira, a família pode manter o padrão de vida dela e não precisa se desesperar com a inatividade do provedor financeiro”, esclarece André Calazans, diretor de seguro da Azos.

Então, podemos dizer que o seguro de vida é como se fosse um investimento com retorno a longo prazo para você e principalmente para a sua família.

Quais tipos de seguro existem?

Há diversos tipos de seguro para todos os casos, mas dois deles são os mais comuns:  

  • Tradicional (repartição simples)

Nesse seguro de vida, você paga uma mensalidade para a seguradora e, após o imprevisto, sua família recebe uma indenização.

“O seguro tradicional também pode ser usado em casos de doença grave, acidentes, invalidez e até se o segurado não conseguir exercer sua função por conta de uma incapacidade temporária. Mas atenção, é preciso haver uma contratação prévia desses tipos de situações com a seguradora”, aponta Calazans. 

Outro ponto importante de se lembrar é que se você contratar um seguro de vida tradicional e parar de pagar em determinado momento por escolha própria, você não recebe os valores pagos de volta, e o serviço é cancelado.  

  • Resgatável (Capitalização)

Já o seguro de vida resgatável é uma opção híbrida, ou seja, tem a proteção do seguro tradicional e também a possibilidade de recuperar parte dos valores pagos se você desistir do serviço. 

Esse também é um dos tipos de seguro de vida que pode oferecer as mesmas coberturas e indenizações que o tradicional.

“Porém, se por alguma razão você precisar cancelar o serviço ou não tiver condições mais de pagar por ele, você pode resgatar uma parte do valor que foi investido e que pode variar de acordo com a seguradora. A quantia devolvida será corrigida com juros de acordo com a inflação”, explica o diretor de seguro.

Mas, atenção: fique atento ao período de carência, que normalmente é de 2 anos para resgatar o valor. 

Quem pode ter um seguro de vida?

Qualquer um. Por mais que não seja tão comum pessoas jovens contratarem esse serviço, os imprevistos estão aí, e, nesses casos, os mais comuns são mortes acidentais. “De qualquer forma, independentemente de você estar começando a construir seu patrimônio e sua família, ou já ter mais idade, o seguro de vida é disponível para todos”, aponta Calazans.

Como comentamos anteriormente, ainda há a possibilidade de você incluir algumas coberturas específicas no seu seguro que podem assegurar você e a sua família em casos de acidente ou doença que te impeçam de trabalhar. 

E não se preocupe, você pode incluir na sua apólice de seguro de vida quantos beneficiários você quiser. Mas claro que, quanto mais gente, menor será a quantia destinada a cada um depois. 

Como funciona o recebimento do seguro?

A família precisa entrar em contato com a seguradora e dar entrada no processo do recebimento do seguro, que precisa obter alguns documentos da pessoa falecida, da família, e do falecimento. Após isso, o pagamento pode ser feito de duas formas:

Quando há beneficiário indicado

Nesse caso, os beneficiários já são previamente escolhidos e a porcentagem da quantia que receberão já está formalizada. Desse modo, normalmente, quem recebe são os parentes, como cônjuge, filhos, irmão, ou quem seja dependente financeiramente de você. Como é o caso da família de Lisa Presley.

Quando não há

Por outro lado, de acordo com Calazans, se ninguém foi definido na apólice, o pagamento é realizado de acordo com a regra do Código Civil Brasileiro, ou seja, 50% para o cônjuge não separado judicialmente e os outros 50% para os herdeiros legais.

Portanto, se você ficou interessado, o primeiro passo é procurar uma corretora de seguros, verificar valores e, claro, se planejar financeiramente para este novo investimento.

Colaboração: Daniel Navas