Taxas do Tesouro Direto caem depois que governo suspende reajuste a servidores

Papéis indexados à inflação operaram em queda e entre os prefixados apenas um teve alta
Pontos-chave:
  • Tanto nos papéis prefixados como nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço
  • Quando as taxas sobem, o valor de mercado dos papéis caem

As declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o reajuste prometido a policiais federais influenciam os títulos públicos nesta quinta-feira (20). A promessa de reajuste foi feita à categoria no ano passado, mas, segundo o gestor, está suspenso por enquanto. O Orçamento de 2022 precisa ser sancionado por Bolsonaro até amanhã, sexta-feira (21).

Papéis indexados à inflação em queda

Apenas um papel prefixado apresentou alta na taxa de retorno. Já os indexados à inflação operaram em queda.

Entre os prefixados, o papel com vencimento em 2024 chegou a dar 11,39% ao ano de retorno, ante os 11,47% do fechamento anterior. Já o Tesouro Prefixado 2031 pagava retorno de 11,31% ao ano, o mesmo que era oferecido ontem (19).

O pagamento dado pelo Tesouro IPCA+ 2026 foi de 5,24%, 0,07 ponto percentual a menos do fechamento da sessão anterior. Já o de longo prazo, Tesouro IPCA+ 2055, mais juros semestrais, ofereciam 5,62% ao ano, ante os 5,67% do dia anterior.

Relação taxa e preço

Vale lembrar que tanto nos papéis prefixados como naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento —, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.

Com reportagem do Valor Investe