Costa Filho: liberação de crédito para aéreas deve começar em até 30 dias

Na semana passada, o Senado aprovou o projeto que permite o uso do Fundo Nacional da Aviação Civil para conceder empréstimos para as aéreas por meio do BNDES

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou esperar que as operações de liberação de crédito para companhias aéreas por meio do Fundo Nacional da Aviação Civil sejam iniciadas em até 30 dias.

Na semana passada, o Senado Federal aprovou o projeto que permite o uso do FNAC para conceder empréstimos para as aéreas por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A medida foi encaminhada para análise da Câmara dos Deputados.

“A gente está trabalhando para ampliar e pela primeira vez na história ter o fundo aprovado”, disse o ministro, ao participar de um evento da Embratur.

Costa Filho afirmou que tem conversado com o relator do projeto na Câmara, o deputado Paulo Azy (União-BA).

“Paulo defende a importância do Projeto de Lei Geral do Turismo para o Brasil, entende a importância das linhas de crédito para o fortalecimento da aviação brasileira, agora em relação ao parlamento, a gente tem que aguardar o texto final”, destacou o ministro.

As declarações de Costa Filho foram dadas durante a apresentação pela Embratur dos resultados do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI). A medida tem o objetivo de ampliar a conectividade entre aeroportos internacionais e nacionais.

Na primeira rodada do programa, houve um acréscimo de 70.222 novos assentos em voos internacionais para o Brasil, disponibilizados para o período de 27 de outubro de 2024 a 29 de março de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao todo, o número representa um aumento de 3,2 mil assentos por semana.

A agência custeou parte das ações de promoção das novas rotas aéreas. Foram R$ 40 por cada assento em novo voo que pouse no Brasil durante o período citado acima.

Segundo o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o resultado da medida foi um sucesso e deve gerar US$ 25 milhões para o país.

“Quando a gente pensa junto, a gente tem um resultado muito maior”, disse.

O valor investido pela Embratur foi de R$ 1,6 milhão. Já o valor investido pelos contemplados pelo programa foi de R$ 4,8 milhões, acima do esperado pela equipe idealizadora da medida. O investimento total em promoção dos destinos brasileiros no exterior será de R$ 6,445 milhões.

O edital foi aberto em março e convidou empresas aéreas a lançarem novos voos com destino ao Brasil, além de realizar campanhas publicitárias no país de origem do voo. De acordo com a empresa, foram registradas 123 propostas de aumentos de voo, sendo 64% enviadas por empresas aéreas.

A região Sudeste registrou o maior número de recebimento de propostas, além disso, foram registradas 23 novos pares de cidades, ou seja, trechos que ainda não existem.

Silvio Costa Filho destacou que já existe um aumento da procura das empresas aéreas brasileiras para operar voos internacionais. De acordo com ele, o PATI fortalece a agenda do desenvolvimento do turismo. “Estamos vendo uma construção coletiva que está sendo feita”, avaliou.

Além dos resultados, foram entregues as cartas de aceite de projeto à Azul Linhas Aéreas, à Latam e ao Aeroporto de Guarulhos, em parceria com a companhia aérea Ibéria. O voo da Latam conecta Lima (Peru) ao aeroporto de Curitiba (PR), o voo da Azul conecta Assunção (Paraguai) ao aeroporto de Viracopos (SP), e o voo da Ibéria, em proposta enviada pelo GRU Airport (Aeroporto de Guarulhos), é para a ampliação de frequência de 7 para 14 voos semanais da rota que conecta o terminal a Madrid (Espanha).

A segunda rodada do programa deve ter início no próximo mês e o investimento será de mais R$ 1,6 milhões.

Com informações do Valor Econômico