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Análise: Semana de Lula é marcada por salário mínimo, atos golpistas e Davos
Lula inicia a semana discutindo o que fazer com o salário mínimo. A promessa de reajustar o benefício para R$ 1.320 ainda este ano, feita na campanha eleitoral, depende de mais recursos do orçamento.
É uma decisão importante para o presidente, pois outras medidas prometidas no ano passado não estão sendo viabilizadas, apesar da aprovação da PEC que abriu quase R$ 200 bilhões de espaço para gastos públicos.
A outra é a isenção de Imposto de Renda para quem ganha menos de R$ 5.000.
São questões que pesam no bolso dos brasileiros e, por consequência, tendem a impactar nos índices de aprovação do governo.
Lula, em outro front, ainda tenta administrar a crise deflagrada pelos ataques às sedes dos Três Poderes.
O principal foco de tensão é o Ministério da Defesa.
Os novos indícios que mostram que militares podem ter auxiliado ou facilitado a ação de extremistas no dia 8 colocam mais pressão sobre José Múcio.
O ministro vem sendo cobrado pela ala política do governo, mas segue no cargo porque o presidente entende que não há melhor solução, pelo menos por ora.
A semana deve marcar ainda mais elementos no cerco judicial aos aliados de Jair Bolsonaro suspeitos de atuar nos atos golpistas. O ingresso da Procuradoria-Geral da República no caso é um complicador para o futuro político do ex-presidente, que permanece fora do país.
Enquanto isso, a expectativa do governo Lula é produzir agenda positiva internacional com a presença de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, no Fórum Econômico de Davos, na Suíça. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, também participa do evento com o objetivo de passar uma mensagem tranquilizadora aos investidores sobre os rumos da agenda fiscal no Brasil.
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