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Ouro se sustenta enquanto ações, títulos e criptomoedas caem no ano
O ouro tem se mostrado um investimento cada vez mais sólido em meio a turbulência do mercado. Mesmo com os preços caindo um pouco neste ano, o metal se saiu muito melhor do que outros grandes tipos de ativos como bolsas, títulos e criptomoedas, que foram muito prejudicados.
A performance do ouro deve ser um lembrete aos investidores para que considerem alocar parte de seu portfólio em investimentos no metal.
“Durante tempos difíceis, possuir ativos defensivos como o ouro tende a ser melhor em uma base relativa”, afirma Sam Stovall, chefe de estratégia de investimentos da CFRA. “Não é que o ouro cresce muito, mas o ativo perde menos”, completa.
Evidências recentes mostram estes dados. Contando as negociações até o dia 14 de junho, o fundo negociado em Bolsa SPDR, que possui barras sólidas, perdeu 1,4%, de acordo com dados do site Morningstar. O ouro também teve queda modesta no Invesco QQQ Trust (QQQ), que acompanha o índice Nasdaq-100, de alta tecnologia, e está com retração de 31%, e com o SPDR S&P 500 (SPY), que segue o índice S&P 500 e registra queda de 21%, no mesmo período. Todos os retornos incluem dividendos.
As performances de títulos de renda fixa também foram muito ruins. O iShares iBoxx $ Investment Grade Corporate Bond ETF (LQD), que detém um portfólio de títulos de alta qualidade, perdeu 18% de seu valor nos últimos 5 meses e meio.
Talvez o maior choque, principalmente para aqueles que amam criptomoedas é que o Bitcoin perdeu mais da metade do seu valor neste ano. A narrativa dos últimos anos era de que a moeda digital iria tomar o lugar do ouro como o ativo mais seguro em tempos turbulentos. Deveria estar claro neste momento, que o ouro continua mantendo a sua posição neste quesito.
“Acho que ainda há alguma desvantagem para o ouro”, analisa Rohit Savant, vice-presidente de pesquisa da consultoria de commodities CPM Group.
Uma onça troy foi vendida recentemente por cerca de US$ 1.847. Savant diz que um ponto de entrada apropriado seria quando o preço cair entre US$ 40 a US$ 50, para aproximadamente US$ 1.800 a onça. “No próximo ano, haverá muita volatilidade nos preços”, acrescenta o analista, que não ficaria surpreso ao ver o preço chegar a US$ 1.900 nos próximos 12 meses.
Contudo, a longo prazo, o ouro parece ser uma aposta ainda melhor. “As condições para ouro são perfeitas, com alta inflação e colapso dos mercados de ações e títulos juntos semeando o pânico”, afirma Will Rhind, fundador e CEO do provedor de ETF Granite Shares.
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