Dow Jones e S&P 500 fecham em queda diante de risco geopolítico na Ucrânia; Nasdaq fica estável

Dow Jones liderou as perdas, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq ficaram mais instáveis

Os três principais índices de Wall Street terminaram a sessão desta segunda-feira sem direção única, ante a incerteza acerca do desenrolar da crise na Ucrânia, envolvendo a Rússia e o Ocidente (principalmente os Estados Unidos). O Dow Jones liderou as perdas, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq ficaram mais instáveis, buscando manter um sinal positivo, sem muito sucesso. O índice tecnológico, por fim, terminou a sessão na linha d’água.

O Dow Jones terminou o pregão em baixa de 0,49%, a 34.566,17 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,38%, a 4.401,67 pontos, e o Nasdaq fechou na estabilidade, a 13.790,92 pontos. Entre os índices setoriais, o melhor desempenho ficou com o segmento de consumo discricionário, com ganhos de 0,58%. Deste grupo, um peso importante foi o avanço de 1,83% da Tesla, em dia em que o banco de investimento Piper Sandler elevou o preço das ações da companhia.

Na ponta das perdas, o maior recuo ficou com o setor de energia, com queda de 2,24%, apesar do petróleo e o gás natural fecharem em alta diante da crise na Ucrânia.

A situação vem se agravando com o envio de soldados russos para a fronteira entre os dois países e, no fim de semana, tanto a Rússia quanto os EUA retiraram funcionários diplomáticos da Ucrânia. Hoje, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, sugeriu ao presidente do país, Vladimir Putin, que continue no caminho diplomático para solucionar a crise. O tom, porém, não bastou para amenizar o temor dos investidores, que se afastaram dos ativos de risco.

Na avaliação do Zaner Group, em nota, “o caminho de menor resistência permanece em baixa nas ações, com incerteza em todos os mercados, dando continuidade à queda da semana passada”. “Neste ponto, o campo do touro [de altas das ações] precisa que [Vladimir] Putin ceda, mas isso claramente exigirá algum tipo de concessão do Ocidente.”

O dia também foi marcado pela queda das ações das empresas de cuidados de saúde, diante da saída dos investidores dessas companhias, uma vez que o recuo no número de contaminados deve reduzir a demanda por vacinas. As ações da Moderna caíram 11,68%, as da Pfizer perderam 1,87%.