Criptomoedas recuam de olho na temporada de resultados corporativos

Balanços do segundo trimestre podem dar o tom para os mercados de risco nas próximas semanas

As principais criptomoedas iniciaram a semana com baixa, sem forças para avançar a patamares maiores e com os investidores temendo novas baixas para os próximos dias. Em Wall Street, começa a temporada de divulgação de resultados corporativos do segundo trimestre dos bancos, o que pode dar o tom para os mercados de risco no restante do mês.

Após testar a casa de US$ 22 mil na sexta, o bitcoin voltou a oscilar em torno do patamar de US$ 20 mil e US$ 21 mil no final de semana. Perto das 8h55 (horário de Brasília), a maior das criptomoedas era negociada a US$ 20.536,60, com baixa de 3,6% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. O ether valia US$ 1.147,59, com recuo de 2,7%. Em reais, o bitcoin estava em R$ 108.715,03 (-0,15%) e o ether em R$ 6.085,17 (-0,31%).

Segundo Andre Franco, chefe de análise do MB, enquanto bitcoin segue lateralizado e sem forças para buscar preços mais altos, os investidores de longo prazo acumulam ativos em uma velocidade que não era vista desde 21 de abril.

“Sabemos que quando esse movimento de acumulação começa, é mais provável que vejamos uma pernada nos preços em vez de uma queda, mesmo que isso seja momentâneo”, disse.

Já uma pesquisa com gestores de recursos e investidores de Wall Street mostra que é mais provável que o bitcoin caia para US$ 10 mil, reduzindo seu valor aproximadamente pela metade, do que volte para US$ 30 mil, de acordo com 60% dos 950 investidores que responderam à última pesquisa MLIV Pulse, informa a Bloomberg.

Na pesquisa, os investidores de varejo estavam mais apreensivos com as criptomoedas do que os institucionais, com quase um quarto considerando essa classe de ativos como “junk”. Por outro lado, investidores profissionais tinham a mente mais aberta em relação aos ativos digitais. A polarização segue elevada em relação aos criptoativos, segundo a pesquisa. Enquanto 28% dos entrevistados em geral expressaram forte confiança de que as criptomoedas são o futuro das finanças, 20% disseram que esse ativo não vale nada.