Ações da Copel (CPLE6) disparam com possibilidade de privatização

Governo do Paraná, controlador da companhia de energia, pediu estudos para possível operação no mercado de capitais

O Itaú BBA avalia em relatório que embora o fato relevante divulgado na segunda-feira (31) pela Copel (CPLE6) não mencione a privatização da companhia, deixa a possibilidade em aberto.

A empresa de energia controlada pelo governo do Paraná informou que a diretoria das empresas estatais solicitou informações técnicas e financeiras para analisar uma potencial operação no mercado de capitais, visando a otimizar seu investimento na Copel.

“Acreditamos que o Estado do Paraná analisará a possibilidade de vender o excesso de ações em oferta secundária (manter o controle) ou o controle da empresa em modelo semelhante ao utilizado pela Eletrobras”, dizem os analistas Marcelo Sá e Filipe Andrade. O Estado do Paraná detém, atualmente, 69,7% das ações ordinárias, mas 31,1% do capital total.

“Ainda é cedo para dizer se isso pode levar a uma potencial privatização, mas acreditamos que a ação provavelmente reagirá positivamente hoje em reação a esse anúncio”, acrescentam os analistas. As ações da companhia no começo da tarde saltavam mais de 8%, liderando as principais altas do Ibovespa, cotada a R$ 8,01.

O Itaú BBA acredita que, em 22 de outubro, a Copel subiu 4,5% após uma entrevista em que o governador eleito mencionou que poderia mudar sua visão atual sobre uma potencial privatização.

O banco tem recomendação de compra para as ações da Copel, com preço-alvo de R$ 7,40 valor que já representa uma queda de 7,5% sobre a cotação atual.