Leia resumo dos últimos eventos na guerra entre Rússia e Ucrânia

• O governo ucraniano anunciou na manhã deste domingo (27) que aceita participar de negociações com a Rússia, sem condições prestabelecidas, em algum local na fronteira com Belarus. Na sexta (25), o Kremlin se propôs a negociar, mas com a condição de que a Ucrânia baixasse as armas.
• Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, avisou que está colocando em alerta máximo as “forças de dissuassão nuclear” do país depois de declarações que considerou ameaçadoras da Otan (Tratado do Atlântico Norte) e das sanções econômicas impostas por países ocidentais.
• O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) vai se encontrar às 15h de Nova York (17h de Brasília) para decidir se convoca uma reunião extraordinária da Assembleia Geral diante da escalada do conflito no leste europeu. Se houver aprovação – são necessários apenas nove de 15 votos possíveis e nenhum membro pode vetar) – o colegiado deve se encontrar em no máximo 24 horas.
• O Japão se juntou a Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia no banimento de alguns bancos privados da Rússia do Swift, o sistema que conecta as instituições financeiras internacionalmente, anunciado na tarde de sábado (26).
• Segundo a ONU, 64 civis morreram e 240 ficaram feriados, até agora, em consequência do ataque russo à Ucrânia. Ontem, o governo ucraniano havia informado que 198 civis morreram e outros 1.115 ficaram feridos.
• Ao menos 368 mil cidadãos fugiram da Ucrânia, sendo que 156 mil cruzaram a fronteira da Polônia e 47 mil, pela Romênia. Nesta manhã, surgiram relatos e vídeos nas redes sociais mostrando que cidadãos negros estavam sendo impedidos de passar para a Polônia porque supostamente deveriam esperar os brancos saírem primeiro. O ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Geoffrey Onyeama, afirmou que conversou com seu par ucraniano e não existem restrições para que nenhum cidadão deixe o país. O que há é um enorme caos nas fronteiras.
• Em Berlim, na Alemanha, mais de 100 mil pessoas participaram de uma manifestação pró-paz na manhã de hoje. Em discurso durante uma sessão extraordinária do Parlamento, o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, anunciou um aumento de 100 bilhões de euros nos gastos militares do país.
• Mais países estão banindo a Rússia de seu espaço aéreo. Depois de cerca de 12 nações europeias adotarem a medida nos últimos dias, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Irlanda, Islândia, Itália, Holanda e Espanha avisaram que estão aderindo.
• A Federação Internacional de Judô suspendeu Putin do seu cargo de presidente honorário.
• O governo ucraniano afirma permanecer no controle da capital, Kiev. Segundo o Reino Unido, os ataques à cidade nesta manhã estão mais fracos do que os ocorridos durante a noite. Grandes explosões foram registradas ao sul da capital no terceiro dia de confrontos entre Rússia e Ucrânia, iluminando o céu da capital ucraniana na madrugada de domingo (noite de sábado no Brasil), segundo relatos de jornalistas.
• As tropas russas estão enfrentando forte resistência para tomar outras duas cidades ucranianas: Kharkiv, no nordeste do país, e Kherson, no sul. Especialistas em política internacional dizem que a força da Ucrânia vem surpreendendo.
• Em toda a Ucrânia, surgem relatos de civis reforçando o Exército e prometendo ajudar a proteger o país da invasão russa.
• O rublo, moeda russa, sofre desvalorização recorde após novas sanções e banco central da Rússia eleva sua taxa de juros de 9,5% para 20% como medida de emergência.

(Com edição de Denyse Godoy)