Ecorodovias: Lucro líquido cresce mais de dez vezes, para R$ 114 milhões no 4º tri

Empresa citou crescimento do tráfego de veículos, reajustes das tarifas de pedágio, início da cobrança de pedágio parcial pela EcoRioMinas

A Ecorodovias registrou lucro líquido de R$ 114 milhões no quarto trimestre de 2022, cerca de 10 vezes o lucro de R$ 10,26 milhões reportado no mesmo período de 2021. No ano completo de 2022, contudo, o lucro caiu 36,3%, para R$ 234 milhões.

A companhia encerrou o quarto trimestre com lucro líquido recorrente de R$ 194,52 milhões, um aumento de 180% em relação ao resultado reportado um ano antes. O número exclui a atualização monetária do acordo de leniência e com ex-executivos, bem como efeito retroativo não-recorrente do reajuste tarifário da Ecosul de 2021.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) no período subiu 36,8%, para R$ 719,2 milhões. No critério ajustado, o indicador cresceu 48% na mesma base comparativa, atingindo R$ 809,18 milhões. A empresa atribui parte do resultado a um efeito retroativo em função do atraso do reajuste da Ecosul, de R$ 58,1 milhões.

Além disso, a empresa cita o crescimento do tráfego de veículos, reajustes das tarifas de pedágio, início da cobrança de pedágio parcial pela EcoRioMinas em três praças a partir de setembro e o pedágio integral pela Ecovias do Araguaia em nove praças a partir de outubro. Somam-se ainda as operações do Ecoporto e Ecopátio.

No acumulado dos 12 meses de 2022, o Ebitda recuou 6%, chegando a R$ 2,12 bilhões. O Ebitda ajustado, por sua vez, teve ligeira queda de 0,9%, para R$ 2,30 bilhões.

A receita líquida, por sua vez, cresceu 48,8% ante o quarto trimestre de 2021, chegando a R$ 1,91 bilhão. No acumulado de 2022, a companhia faturou R$ 6,06 bilhões, avanço de 30,3% em base anual.

Os custos operacionais e despesas administrativas totalizaram R$ 1,28 bilhão nos últimos três meses de 2022, avanço de 44,2% em base anual. No ano, chegou a R$ 4,44 bilhões, um crescimento de 43,8%. A companhia atribui essa linha do balanço ao aumento em custo de construção (não-caixa).

A dívida líquida da companhia encerrou o trimestre em R$ 9,87 bilhões, um aumento de 29% na comparação com o mesmo período de 2021. A alavancagem (medida pela dívida líquida sobre o Ebitda ajustado) ficou em 4,3 vezes, contra 3,3 vezes no ano anterior.