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Das florestas aos oceanos: o uso de blockchain além das finanças
Em uma expedição pelos mares que vai até o ano que vem, a família Schurman, da Voz dos Oceanos, tem feito um alerta: conscientizar as pessoas sobre a poluição plástica nos oceanos, engajar a população e buscar soluções para o problema. Já em terra firme, a NforesTs planta agroflorestas pelo Brasil. O modelo agrícola associa a produção de alimentos à preservação das florestas.
O que essas empresas têm em comum, além do propósito ambiental? Elas usam blockchain nos processos. Com a tecnologia, a NforesTs garante a veracidade das plantações e a origem de suas colheitas, rastreando a captura de carbono e certificando os impactos positivos gerados pela agrofloresta. Tudo isso em um token.
Já a Voz dos Oceanos entrou para o mundo da arte digital. O projeto conta com uma loja de NFTs baseados em blockchain e criados por artistas globais. As obras são vinculadas ao oceano e a receita gerada é usada para impulsionar a expedição. “Para nós, o criptoativo entra como uma mola propulsora. A tecnologia ainda nos ajuda a ter lastro e credibilidade daquilo que falamos e fazemos”, explicou João Amaral, COO e diretor executivo geral da Voz dos Oceanos, durante um painel no evento Criptorama.
Blockchain nas florestas
Clara Johannpeter, fundadora da Nforests, acredita que blockchain e os criptoativos têm um poder enorme. “Para nós, a tecnologia funciona como um meio, não é um fim. É um meio de fazer com que nosso propósito chegue na ponta. É a forma como chegamos na Amazônia, nas comunidades e nos pequenos agricultores. Blockchain sempre foi uma ferramenta para isso”, ressaltou.
Quando bem implementada, na visão da empreendedora, a tecnologia permite rastrear os processos e conectar todos os envolvidos. “A criptoeconomia torna os processos mais transparentes e confiáveis. Isso acaba até mesmo aproximando as pessoas. Você consegue ver como o projeto está sendo executado e validado”, disse.
As grandes também estão se movimentando
Há quase 30 anos no mercado, a gigante Ambipar também tem usado a blockchain nos negócios. A companhia, que atua com gestão de resíduos, criou a Ambify, plataforma que conecta as pessoas a uma economia mais verde e de baixo carbono.
O aplicativo calcula a pegada de carbono e mostra o quanto o usuário está contribuindo com o aquecimento global, de acordo com os seus hábitos diários. A partir disso, indica os caminhos para diminuir e compensar suas emissões. O app também usa a tecnologia blockchain para trazer segurança e transparência para as transações dos usuários.
“Encontramos uma forma de popularizar o tema crédito de carbono, tanto para as pessoas como para pequenas empresas. A Ambify usa blockchain para dar lastro e fechar possíveis lacunas. A criptoeconomia vem justamente para deixar esse processo mais simples e eficaz. É uma forma de tornar esses registros imutáveis”, ressaltou João Valente, diretor de ativos digitais da Ambipar.
Na visão do executivo, a tecnologia também traz segurança e conecta todos os agentes. “Entendemos nosso propósito e investimos em educação ambiental e informação. Tudo isso dentro de um ambiente de blockhcain”.
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