Black Friday ‘recorde’? Mercado Livre acredita que sim
O Mercado Livre prevê vender pelo menos 20% mais na Black Friday deste ano e bater em novembro seu recorde histórico de vendas, disse à coluna Capital, do Globo, Fernando Yunes, vice-presidente sênior e líder do marketplace no Brasil.
Uma coincidência de datas dará um empurrãozinho extra: o principal dia do calendário do e-commerce (25 de novembro) cairá este ano em plena Copa do Mundo, cuja edição do Catar foi marcada alguns meses depois da época tradicional.
“Por essas e outras razões, novembro será o melhor mês da história do Mercado Livre. A expectativa é ter um crescimento superior a 20% na comparação com novembro do ano passado”, diz Yunes.
Em 2018, na última Copa, as vendas de TV no Mercado Livre cresceram 22% nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2017. Este ano, as buscas por TVs já crescem 30% (dados da primeira metade de agosto, na comparação com julho). Já as vendas avançaram 15% no mês de agosto como um todo.
Juros e inflação elevados
De acordo com Yunes, o quadro de juros e inflação elevados e de crescimento lento do PIB não tem representado um obstáculo às vendas. No segundo trimestre, a receita líquida do Mercado Livre bateu recorde, avançando 56,5% na comparação anual. O GMV — que é o volume total de vendas — saltou 21,8% em dólar. O Brasil responde por mais de metade do resultado global do grupo argentino.
“O e-commerce ainda é jovem na América Latina, a penetração ainda é baixa, representa apenas 14% do varejo como um todo. Por isso ele segue crescendo. E, apesar da volatilidade, a gente tem conseguido ganhar ‘market share’ nos últimos oito trimestres”, diz.
Segundo o executivo, o Mercado Livre ampliou sua infraestrutura logística para dar conta do incremento de vendas na Black Friday. A empresa espera há um mês, por exemplo, seu primeiro “centro de consolidação” (sortation center, como batizou a Amazon em 2014) na América Latina. Diferentemente de um centro de distribuição (CD) tradicional, onde as encomendas são separadas e empacotadas, o “centro de consolidação” já recebe pacotes prontos com o objetivo de tornar sua entrega mais eficiente.
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