Petróleo: barril segue acima de US$ 90

os renovados temores de uma invasão russa na Ucrânia mantém os preços do petróleo sob pressão
Pontos-chave:
  • Os sinais de que as negociações sobre a retomada do acordo nuclear iraniano de 2015 estão progredindo e pesam sobre os negócios com o petróleo, uma vez que um eventual acordo possa levar à retirada de sanções ao país persa, permitindo que o petróleo iraniano volte ao mercado

Os preços do petróleo seguem mais fracos nesta sexta-feira (18) e caem ao redor de 2%, dando continuidade às perdas observadas ontem e caminhando para uma queda semanal, com as expectativas de oferta adicional vinda do Irã anulando as preocupações em relação ao fornecimento da commodity diante das tensões envolvendo a Ucrânia.

Por volta das 7h, o contrato futuro para março do tipo WTI caía 1,82%, a US$ 90,09, na Nymex; enquanto o contrato futuro para abril do tipo Brent recuava 1,87%, a US$ 91,24, na ICE, em Londres. Ambas as referências estão a caminho de perdas semanais ao redor de 3%.

Os sinais de que as negociações sobre a retomada do acordo nuclear iraniano de 2015 estão progredindo e pesam sobre os negócios com o petróleo, uma vez que um eventual acordo possa levar à retirada de sanções ao país persa, permitindo que o petróleo iraniano volte ao mercado.

Ao mesmo tempo, os renovados temores de uma invasão russa na Ucrânia mantém os preços do petróleo sob pressão, o que sustenta o barril dos tipo WTI e Brent acima de US$ 90, já que um eventual conflito pode prejudicar a disponibilidade do suprimento de petróleo e do gás da Rússia que flui para a Europa pela Ucrânia.

“A Rússia é um grande produtor de energia e, se invadir a Ucrânia, levando potências ocidentais a responderem com sanções econômicas, isso poderá impedir o acesso a cerca de 10% do mercado global de energia”, ressalta Tom Martin, gerente sênior de portfólio da Globalt Investments.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.