Inflação brasileira é a 24ª mais alta entre 67 países

A mediana da inflação desses 67 países aponta uma alta de 9,5%, superior, portanto, à brasileira

A desaceleração da inflação brasileira em agosto para 8,73% no acumulado em 12 meses colocou o indicador brasileiro na metade de baixo no ranking de preços entre os países que já divulgaram seu resultado do mês passado.

A inflação brasileira foi a 24ª mais alta entre 67 países com desempenho conhecido para o acumulado em 12 meses até agosto, ao lado de México e Irlanda.

Na América Latina, o Peru teve alta similar (8,8%), mas Uruguai (9,5%), Paraguai (10,5%, Colômbia (10,8%), Costa Rica (12,1%) e Chile (14,1%) enfrentam disparada de preço superior à brasileira. Na outra ponta, com índices mais controlados, estão Bolívia (1,6%) e Equador (3,8%).

A mediana da inflação desses 67 países aponta uma alta de 9,5%, superior, portanto, à brasileira.

A inflação mais alta do período é a do Zimbábue, de 285%, seguida por Turquia, de 80,2%, e Sri Lanka, de 64,3%.

Mesmo países que tradicionalmente têm inflação mais controlada tiveram resultados superiores ao brasileiro, sofrendo com o preço de commodities e de energia, devido à guerra na Ucrânia.

A Holanda, por exemplo, registrou, por exemplo, inflação de 12% nos 12 meses até agosto, o maior resultado já registrado pelo país – foi de 10,3% em julho. O principal vilão foi a energia, que subiu 151% no país.

Na Espanha, os preços acumulam aumento de 10,4% até agosto, leve desaceleração ante julho, quando atingiu 10,8%, a maior alta desde 1984.

É importante lembrar que o objetivo do Banco Central Europeu (BCE) é uma inflação de 2%.

Em uma lista mais ampla, de 176 países, que incluem os dados mais recentes desse grupo de nações (80% deles com dados de julho e agosto), a inflação brasileira de 8,7% foi a 89ª mais alta. A mediana foi similar à brasileira: 8,7%.