IF Hoje: Inflação e juros voltam a dominar as discussões com ata do Fed
O destaque da agenda do mercado financeiro desta quarta-feira (17) é a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central americano).
Em 27 de julho, o comitê de política monetária do banco decidiu de forma unânime aumentar a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, para o intervalo 2,25%-2,5% ao ano, na tentativa de segurar a inflação.
Desde então, dados econômicos animaram os investidores ao sinalizarem que a alta de preços está arrefecendo. Exatamente há uma semana, saiu o índice oficial de inflação do país referente a julho. No acumulado do ano, caiu de 9,1% em junho, o maior em 40 anos, para 8,5%. É muito cedo para dizer que o pior ficou para trás, mas, com a ata, o mercado quer entender qual é o ponto em que o Fed pode parar de aumentar os juros no país.
Os dados de vendas no varejo americano em julho, que serão anunciados ainda pela manhã, vão ajudar bastante a afinar as expectativas.
Por que importa?
Esse equilíbrio é a principal discussão econômico-financeira não só nos EUA mas em diversas nações, Brasil incluído. Os bancos centrais têm buscado domar a inflação com a principal ferramenta de que dispõem, que é a alta de juros, mas sem jogar os países na recessão.
Como afeta os investimentos?
O mercado sempre se move tentando antecipar as tendências econômicas. Dependendo do que o Fed indicar em termos de calendário e tamanho das próximas altas de juros, se houver, a renda fixa fica mais ou menos interessante em relação à renda variável.
Agenda do dia
- 6h – Zona do Euro: Taxa de desemprego (julho), PIB (2o. trimestre)
- 8h: IGP-10 (agosto), da FGV
- 9h30 – EUA: Vendas no varejo (julho)
- 15h – EUA: Ata da reunião do comitê de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano)
- 15h20 – EUA: Discurso de Michele Bowman, membro do comitê do Fed