IF Hoje: Boletim Focus mostra que primeira análise IPCA não mudou apostas sobre juros
Há 12 semanas o mercado financeiro prevê que a taxa básica de juros brasileira vai terminar 2022 em 13,75% ao ano. Essa estimativa foi feita, portanto, bem antes de o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sinalizar ter encerrado o ciclo de aumento da Selic, no começo de agosto, e permanece firme.
Na edição desta segunda-feira (12) do Boletim Focus – uma pesquisa semanal com analistas de mercado sobre projeções para os juros, a inflação, o PIB (Produto Interno Bruto), a taxa de câmbio, e outros indicadores –, a previsão para a Selic ao final de 2022 continuou em 13,75% ao ano.
O levantamento é feito nos dias úteis da semana anterior à divulgação, então já deve ter detectado uma parte das reações à última leitura do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Na sexta (9), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA registrou uma deflação de 0,36% em agosto depois de ficar em -0,68% em julho. No acumulado de 12 meses, o índice voltou a ficar abaixo de 10% – mais precisamente, em 8,73%.
Nesta semana, o mercado deve continuar repercutindo tais números na tentativa de antecipar a decisão do Copom do dia 21 de setembro. A retração dos preços em agostgo, apesar de menor do que a do mês anterior, é uma boa notícia, claro. Mas é preciso olhar o indicador com lupa para entender de onde veio a queda para entender se é sustentável com os juros no mesmo patamar.
Como afeta os investimentos?
Se a expectativa de manutenção dos juros no atual nível seguir firme, os investidores acomodados na renda fixa não terão muito estímulo para buscar alternativas na renda variável, como a Bolsa de Valores, o que limita as perspectivas para o mercado de ações.
Agenda do dia
- 3h – Reino Unido: produção industrial (julho), PIB (segundo trimestre)
- 8h25 – Brasil: Boletim Focus