Bolsas da Europa se firmam em alta e fecham positivas com investidores avaliando ata do Fed

As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, conforme os investidores reavaliam as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve (Fed). Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou com ganho de 0,39%, a 440,76 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,35%, a 7.541,85 pontos, enquanto o DAX, […]

As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, conforme os investidores reavaliam as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve (Fed).

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou com ganho de 0,39%, a 440,76 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,35%, a 7.541,85 pontos, enquanto o DAX, da bolsa de Frankfurt, avançou 0,52%, a 13.697,41 pontos, e o CAC 40, de Paris, ganhou 0,45%, a 6.557,40 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 1,00%, a 22.985,70 pontos, na contramão de seus pares, enquanto o Ibex 35, de Madri, caiu 0,05%, a 8.430,30 pontos.

As ações do setor de energia lideraram os ganhos, acompanhando o avanço nos preços do petróleo e fechando em alta de 1,82% no Stoxx 600. A maioria dos índices setoriais subiu hoje, mas as ações dos bancos – setor de maior peso no índice pan-europeu – fecharam em queda de 0,19%.

A ata da reunião de julho do Fed, divulgada na tarde de ontem, após o fechamento das bolsas europeias, foi vista como indicando um tom mais “dovish” (favorável a menos aperto monetário) do que se esperava, mas não conseguiu impedir que as bolsas americanas fechassem em queda. Além disso, os investidores parecem reavaliar a interpretação dos comentários dos integrantes do BC americano e o humor parece mais misto.

Sem um impulso claro das perspectivas de política monetária mais frouxa, as bolsas operavam sem direção única mais cedo na Europa, mas se firmaram em alta após a abertura da sessão americana, acompanhando uma melhora de sinal entre as bolsas de Wall Street, que sobem após a divulgação de mais dados econômicos nos EUA.

Os dados vieram positivos, mas isso também reforça o nervosismo de que o Fed pode ter espaço para continuar elevando agressivamente os juros, dado que ainda não há sinais claros de recessão no mercado de trabalho americano.

O número de pedidos iniciais de seguro-desemprego dos Estados Unidos caiu a 250 mil pedidos, ficando abaixo do consenso projetado por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 260 mil pedidos. Já o índice de atividade manufatureira regional da Filadélfia subiu 19 pontos e voltou ao território positivo depois de duas leituras negativas. O índice ficou em -12,3 pontos em julho, para 6,2 em agosto, e contrariou a expectativa de consenso de leitura a -5 pontos.

Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), não trouxe surpresas e ficou em 8,9% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, como era amplamente esperado.

Em relação à política monetária, o banco central da Noruega – o Norges Bank – elevou sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, de 1,25% para 1,75% hoje, e informou que espera aumentar ainda mais a taxa em setembro. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam que o banco central aumentasse sua taxa básica para 1,75%, apesar da orientação em sua última reunião em junho, de que aumentaria para 1,50%.

“Acreditamos que o Norges Bank entregará outro aumento de 0,50 ponto percentual em setembro, antes de retomar os aumentos de 0,25 ponto percentual a partir de novembro”, afirmou o Nordea Bank.