Arrecadação de impostos bate novo recorde em julho

O recolhimento no ano atingiu a marca de R$ 1,292 trilhão

A arrecadação federal de impostos registrou alta real de 7,47% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a R$ 202,588 bilhões. É um valor recorde para o mês, na série iniciada em 1995 ajustada pela inflação.

O recolhimento seguiu impulsionado pelas receitas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Com o desempenho do mês passado, o recolhimento no ano atingiu a marca de R$ 1,292 trilhão, igualmente recorde para o período. É uma elevação real de 10,44% contra o mesmo período de 2021. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pela Receita Federal do Brasil (RFB).

Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 18,29% em julho contra o mesmo mês do ano passado, quando somou R$ 171,270 bilhões (valor corrente).

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    Considerando somente as receitas administradas pela RFB, houve elevação real de 5,21% no mês passado, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Chegaram a somando R$ 181,267 bilhões. A alta nominal ficaria em 15,80%. No ano, as receitas administradas somaram R$ 1,206 trilhão, acréscimo real de 8,42% e alta nominal de 20,45%.

    Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 21,321 bilhões no mês passado, aumento real de 31,40% na comparação com o mesmo mês de 2021. Em termos nominais, essas receitas subiram 44,63 % em julho em relação ao mesmo mês de 2021.

    No ano, a receita própria de outros órgãos somou R$ 85,928 bilhões, o que corresponde a aumento real de 49,66% contra o mesmo período de 2021.

    Desoneração

    O governo federal deixou de arrecadar R$ 79,243 bilhões nos sete primeiros meses deste ano por causa de desonerações tributárias. Em 2021, o governo federal abriu mão de R$ 60,429 bilhões no mesmo período (valor corrente).

    Apenas em julho deste ano, as desonerações somaram R$ 10,225 bilhões. A redução a zero do PIS/Cofins sobre combustíveis representou renúncia de R$ 2 bilhões e o corte linear do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) respondeu por R$ 1,9 bilhão.

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