Dólar comercial fecha em R$ 5,6790, moderando temor com Fed

Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de e 0,47%, a R$ 5,7161 – maior valor desde 21 de dezembro de 2021

O dólar comercial fechou em baixa de 0,65% nesta quinta-feira, negociado a R$ 5,6790.

O recuo devolve parcialmente a alta da véspera, motivada por uma mensagem mais favorável à alta de juros do Federal Reserve, o banco central dos EUA (Fed) em relação ao aperto monetário nos Estados Unidos. No entanto, um dado pior que o esperado do setor de serviços em dezembro ajudou a reduzir a cautela com os rumos da política monetária americana.

Ontem, os integrantes do Fed sinalizaram desconforto maior com os níveis elevados de inflação em dezembro, de acordo com a ata da reunião de política monetária, divulgada na quarta-feira (5). A inflação mais alta e o fortalecimento da economia poderiam levar a aumentos das taxas de juros mais cedo e mais rápido do que o esperado.

A ata mostrou que o banco central não apenas debateu um aumento inicial das taxas de juros, mas também se deveria usar um segundo mecanismo para conter a inflação ao permitir que suas alocações em Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e títulos lastreados em hipotecas diminuíssem.

A reunião de dezembro do Fed, a qual a ata divulgada ontem se refere, foi realizada quando a contagem de casos de coronavírus começou a aumentar devido à disseminação da variante Ômicron.

As infecções subiram muito rapidamente desde então, e ainda não houve comentários de autoridades do alto escalão do Fed que indicassem se a mudança na situação de saúde alterou seus pontos de vista sobre a política monetária apropriada.

O presidente do Fed, Jerome Powell, comparecerá ao Comitê Bancário do Senado na próxima semana para uma audiência sobre sua nomeação para um segundo mandato de quatro anos como chefe do banco central, e é provável que atualize suas opiniões sobre a economia na ocasião.