- Home
- Onde investir
- Renda variável
- WEG (WEGE3) e Minerva (BEEF3) entram em carteiras de ações recomendadas do Itaú BBA
WEG (WEGE3) e Minerva (BEEF3) entram em carteiras de ações recomendadas do Itaú BBA
Empresas citadas na reportagem:
O Itaú BBA informou, em relatório divulgado nesta segunda-feira (19), ter feito ajustes em duas de suas carteiras de ações recomendadas.
WEG (WEGE3) entrou na Top 5, enquanto Minerva (BEEF3) passa a integrar a de Dividendos. As companhias substituem, respectivamente, Sabesp (SBSP3) e Copasa (CSMG3).
“Empresas com valuation atrativo e que atuem em mercados resilientes são sempre bons nomes, especialmente para atravessar momentos de volatilidade. Sabesp e Copasa são ações que atendem a essas características, o que nos levou a incluí-las, respectivamente, nas nossas carteiras Top 5 e Dividendos”, escrevem os analistas analistas Victor Natal e Paulo Folha.
“Contudo, notícias recentes indicam que a equipe de transição do governo eleito estuda mudanças no Marco do Saneamento, o que potencialmente interfere na nossa tese de investimento nas companhias. Sendo assim, preferimos nos distanciar do setor, trocando esses nomes por Weg na Top 5 e Minerva na Carteira de Dividendos”, explicam os especialistas.
Por que WEG no lugar de Sabesp?
Os analistas apontam no relatório que um potencial processo de privatização da Sabesp poderia gerar grande valor para a companhia, com um espaço relevante para melhorias de eficiência nos próximos anos.
Apesar disso, eventuais mudanças no Marco do Saneamento estudadas pela equipe de transição podem dificultar esse processo.
“No texto atual, se uma companhia estatal é privatizada, ela pode manter seus contratos com os munícipios. Caso esse trecho da regulamentação seja revisto, essas companhias poderiam perder grande parte de seu valor em uma eventual privatização”, destacam Victor Natal e Paulo Folha.
Já a inclusão da WEG na carteira Top 5, conforme os analistas, ocorre “por ser uma empresa de qualidade inquestionável e receitas diversificadas, ou seja, uma boa opção para cenários turbulentos”.
“A companhia está exposta a diversas geografias – aproximadamente 55% das receitas estão relacionadas ao mercado exterior – e a tendências seculares, tanto de eletrificação da matriz energética quanto de migração para fontes renováveis. Dessa forma, tende a ser mais resilientes aos ciclos econômicos negativos do que seus pares. Considerando o nível de preço atual da ação, projetamos um potencial de valorização de aproximadamente 18% para o ano de 2023, o que nos parece atrativo tendo em vista a qualidade da companhia”, pontuam.
Por que Minerva no lugar de Copasa?
Victor e Paulo consideram que, apesar de atribuírem uma probabilidade menor a uma privatização de Copasa, eventuais mudanças no Marco do Saneamento também são igualmente negativas para a empresa.
“Para substituir, gostamos da tese de Minerva devido ao bom momento operacional da empresa, além do valuation atrativo. O aumento da disponibilidade de gado no Brasil permitirá à companhia atingir margens acima do seu histórico no próximo ano, levando a uma geração de caixa robusta”, defendem.
“Além disso, no patamar atual de preços, observamos um potencial de valorização de aproximadamente 60% para o ano de 2023! Esse número é reforçado pelo indicador P/L (preço dividido pelo lucro projetado para os próximos 12 meses) de 4,2x, o que corresponde a um desconto de cerca de 11% em relação à média dos últimos dois anos”, acrescentam.
Como fica a Top 5?
A carteira é composta pelas cinco principais recomendações do Itaú BBA e busca capturar oportunidades de médio prazo.
As ações que estão nela têm sempre pesos iguais e não há restrição de concentração setorial nem do número de alterações que podem ser realizadas.
A escolha de cada uma delas, de acordo com o relatório, leva em conta não somente a análise fundamentalista, mas também o momento de mercado e fundamentos macroeconômicos.
Fazem parte:
- PRIO (PRIO3)
- WEG (WEGE3)
- BB Seguridade (BBSE3)
- Suzano (SUZB3)
- Equatorial (EQTL3)
Como fica Carteira Dividendos do Itaú BBA?
A carteira Dividendos é formada por cinco ações de empresas que se destacam em termos de remuneração dos investidores por meio de dividendos – e se destina a investidores que tenham interesse em um portfólio de renda, defensivo e sem foco em apreciação de capital.
Segundo o Itaú BBA, os papéis têm pesos iguais e a seleção apresenta altos índices de distribuição de dividendos (dividend yield), de empresas com previsibilidade de geração de caixa, o que traz caráter defensivo ao investimento.
“A Carteira Dividendos busca retorno absoluto, ou seja, não tem a intenção de superar nenhum indicador específico (benchmark). É importante ressaltar que, devido à característica geralmente mais defensiva da Carteira de Dividendos e à menor diversificação, não é ideal compará-la ao Ibovespa.”
Fazem parte:
- B3 (B3SA3)
- CPFL Energia (CPFE3)
- Minerva (BEEF3)
- Marcopolo (POMO4)
- Vibra Distribuidora (VBBR3)
Leia a seguir