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Veja as 10 ações recomendadas por especialistas para investir ainda neste mês
Empresas citadas na reportagem:
Como está o desempenho de sua carteira de investimentos até abril deste ano? Após o primeiro trimestre, seu portfólio precisa de mudanças? Então, para te ajudar nessa avaliação, apresentamos 10 ações recomendadas por bancos, gestoras e casas especializadas para abril.
Antes de tudo, vale reforçar que nossa lista tradicionalmente prioriza papéis que entraram ou ganharam força nas seleções do mercado, com os ativos preferidos pelos especialistas para o mês.
Porém, desta vez, optamos por incluir entre as ações recomendadas um papel que foi mantido em uma das carteiras consultadas. O motivo? Você vai entender já.
Petrobras (PETR4)
“Não se deixe levar pelo noticiário. As ações da Petrobras sofreram fortíssima correção de preços no dia 7 de março.
Isso em função do desapontamento do mercado com a não distribuição de dividendos extraordinários. Com efeito, naquele dia, PETR4 caiu 9,10%, porém se estabilizou desde então.
No nível atual de preços, PETR4 oferece um bom ‘carrego’.
Isso por ter exposição aos preços do petróleo, que devem continuar atraentes. Além disso, correm o risco de se levarem bastante por ocasião de algum evento geopolítico relevante.
E dividendos elevados, mesmo sem considerar distribuições extraordinárias, com retorno esperado de 14,3% nos próximos 12 meses. Não é pouca coisa e atuará como suporte forte para os preços das ações.
A atual defasagem dos preços de diesel e gasolina no mercado doméstico não nos preocupa, é parte do pacote de estar investido numa estatal de energia.
Não se engane, Petrobras é uma empresa de exploração e produção de petróleo cru, que eventualmente tem perdas com seus negócio de refino. Não há novidade alguma nisso.
Assim, estamos mantendo nossa exposição a PETR4 intacta, entre nossas ações recomendadas.
Dito isso, cremos que um retorno anual de dividendos em torno de 15% será o grande requisito reivindicado por investidores para ter o papel. A média das grandes empresas globais do setor de petróleo e gás paga algo como 10% de retorno em dividendos por ano.
Por ora, estimamos que Petrobras terá um EBITDA em 2024 de US$ 50 bilhões.
Além disso, a companhia investirá US$ 20 bilhões em novos projetos, o que, de modo simplificado gerará um fluxo de caixa livre (FCF) de US$ 30 bilhões.
Pela nova política de dividendos da empresa, 45% deste FCF deverá ser distribuído em remuneração ao acionista, portanto US$ 13,5 bilhões. Isso equivale a 14% de retorno em dividendos nos próximos doze meses. Sem contar eventuais distribuições extraordinárias, que podem acontecer.” (EQI Research)
Gerdau (GGBR4)
A companhia tem operações nas Américas, na Europa e na Ásia, e capacidade instalada combinada de mais de 25 milhões de toneladas de aço.
A Gerdau está entre nossas ações recomendadas devido à sua maior exposição à dinâmica global do aço em relação aos pares. Estes dependem fortemente dos preços do minério de ferro – que vêm sofrendo nas últimas semanas.
O mercado doméstico de aço ainda parece desafiador.
Porém, entendemos que a companhia deve melhorar as margens, devido aos esforços da estratégia de redução de custos.
Além disso, vemos a empresa como mais defensiva quando comparada aos seus pares devido às operações nos Estados Unidos.” (Itaú BBA)
Banco do Brasil (BBAS3)
“Com base em conversas com investidores, a maioria considerava o lucro por ação estável ou mesmo queda a/a (ano a ano) em 2024, o que agora parece improvável (as estimativas oficiais sugerem +8%).
Negociando a 0,8x o último valor patrimonial, a ação definitivamente não é mais a COMPRA óbvia que acreditávamos que era no início de 2023. Mas com um dividend yield de ~11% e 4,2x P/L para 2024E, ainda acreditamos que há algum retorno para ser capturado.
Na divulgação do resultado do 4T23, a companhia informou a aprovação pelo Conselho de administração sobre o aumento do payout para 2024 (de 40% para 45%).” (BTG Pactual)
Suzano (SUZB3)
“A alocação de capital é o tema mais relevante nos próximos passos de crescimento da Suzano, especialmente após o projeto Cerrado.
Em um encontro com o CEO, Walter Schalka reiterou que a empresa manterá seu rigoroso processo de alocação de capital. Também vai buscar projetos que criem vantagens competitivas (por exemplo, produto e custo) e proporcionem escala.
Neste contexto, se a empresa não conseguir identificar projetos que possam cumprir esses critérios considerará (i) aumentar o retorno para os acionistas através de dividendos/recompras.
E/ou (ii) ajustar a sua relação entre dívida/capital próprio.
A Suzano também compartilhou uma visão construtiva sobre a dinâmica de oferta/demanda de celulose para 2024. Há tendências positivas de demanda na China e na Europa, e interrupções persistentes no lado da oferta.
Além disso, a empresa espera que a tendência de substituição de fibras acelere nos próximos meses, apoiada por potenciais paradas inesperadas adicionais da produção no lado da fibra longa.
Schalka também destacou que, embora os custos da indústria estejam elevados (principalmente impulsionados pelos preços da madeira), a Suzano deverá continuar a manter uma posição de custos competitiva. Assim, isso deverá ser apoiado pela aceleração do projeto Cerrado.
Em investimentos, a Suzano vê espaço para investimentos de sustentação estruturalmente mais baixos no futuro, especialmente no lado florestal. Com isso, ela está entre nossas ações recomendadas.” (Ágora Investimentos)
Copasa (CSMG3)
“A companhia e o setor de saneamento vêm passando por um bom momento desde a recuperação pós pandemia. Há um forte crescimento de volumes faturados, beneficiados pela retomada econômica nos segmentos comercial e industrial.
E pela expansão e redução de perdas com maiores investimentos e combates mais incisivos aos furtos e à inadimplência.
Este cenário permitiu crescimento de receita e de geração de caixa. O controle de custos foi favorecido por plano de demissão voluntária que desligou 6% da força de trabalho em 2023.
A companhia também aumentou os investimentos em expansão para cumprir as metas de universalização até o fim da década. Isso sem, no entanto, pressionar sua alavancagem que se mantém em 1,5x Dívida líquida/Ebitda.
Assim, a maior geração de caixa e maiores lucros também impulsionaram os dividendos. A distribuição foi de 4,2% de retorno, com base na posição acionária de 25/3/24, referente aos lucros do 4T23 e do 1T24.
Além da proposta de distribuição de mais 4% de dividendos extraordinários a serem avaliados em AGE no dia 26/4/24, sendo esta também a data de referência para direito ao recebimento dos proventos.” (BB Investimentos)
Eletrobras (ELET3)
“Estamos elevando Eletrobras em nossa carteira de ações recomendadas. Apesar de acreditarmos que o processo de turnaround iniciado ao final de 2022 trará boas oportunidades de destravamento de valor.
Como corte de custos e despesas, alteração na estratégia de vendas e maior eficiência fiscal, os resultados mais significativos devem levar tempo para aparecer.
Adicionalmente as ações da companhia performaram abaixo do setor no acumulado do ano e, em nossa visão, oferecem uma boa oportunidade de exposição.” (Banco Safra)
Auren Energia (AURE3)
“Mesmo mostrando apetite pela aquisição da AES, acreditamos que a empresa se trata de uma boa opção para dividendos e a incluímos na carteira de ações recomendadas do mês.
Assim, a criação da joint venture com a Vivo e a possibilidade de participação no próximo leilão de reserva de capacidade mostram que a empresa busca crescimento.
Mas acreditamos que esta busca dar-se-á de forma equilibrada à remuneração do investidor.” (Ativa Investimentos)
Raia Drogasil (RADL3)
“É uma empresa líder no setor farmacêutico, com mais de 230 pontos de vendas e um vasto portfólio de produtos. Apesar da desaceleração do crescimento de topline, a empresa demonstrou resiliência, superando as estimativas de lucro no último trimestre.
Sua estratégia de expansão, com a adição de novas lojas, impulsionou o crescimento da receita bruta, enquanto a margem bruta permaneceu estável.
Apesar dos desafios tributários e do cenário macroeconômico incerto, contudo, a RD se destaca pelo market share recorde e crescente participação nos canais digitais. Tem, portanto, uma posição competitiva sólida.
Considerando seu potencial de crescimento e ações estratégicas, recomendamos uma posição compradora. Preço-alvo em 12 meses: R$ 30,00.” (Terra Investimentos)
Ânima (ANIM3)
“A Ânima Educação é uma das maiores organizações educacionais privadas de ensino superior do país, tanto em termos de receita quanto em número de estudantes matriculados.
A companhia conta com um posicionamento diferenciado que concilia escala com oferta de ensino de alta qualidade, comprovado por meio de indicadores do MEC.
A Ânima, então, possui um importante portfólio de marcas que incluem Anhembi Morumbi, São Judas e Inspirali. Durante 2023, a companhia reduziu a alavancagem com expansão do resultado operacional (Ebitda) e geração de caixa.” (Itaú BBA)
Cyrela (CYRE3)
“A Cyrela é uma das maiores e mais tradicionais incorporadoras do Brasil, operando com maior foco no segmento de média/alta renda (mas também operando na baixa renda).
O papel, uma das nossas ações recomendadas, também oferece algumas opcionalidades interessantes. Por exemplo: a CashMe (fintech, que atua em crédito imobiliário e home equity) e a participação da Cyrela via JV em outras empresas listadas (Cury, Lavvi e Plano&Plano).
Apesar de um cenário desafiador para o setor (aumento das taxas de financiamento imobiliário, altos níveis de estoque etc.), a Cyrela tem se destacado operacionalmente (projetos estão vendendo rapidamente e com margens decentes).
A direção da empresa está mais otimista em relação à baixa renda. Isso depois que recentes mudanças positivas no MCMV aumentaram a acessibilidade para compradores de casas e o retorno dos projetos.
Assim, a administração espera que sua subsidiária Vivaz e as JVs com Cury e Plano&Plano continuem apresentando resultados sólidos.
Então, a Cyrela está entre nossas ações recomendadas. Vemos as ações sendo negociadas a apenas 7x P/L para 2024E, o que parece bastante atraente à luz da (i) baixa alavancagem da Cyrela; (ii) liquidez das ações acima da média; e (iii) sólido histórico.
Mais importante ainda, está sendo negociada a 1,2x P/VP, enquanto o ROE deve ultrapassar 16% este ano (e continuar expandindo em 2025), com a taxa Selic atingindo um dígito até o final de 2024.
Então esperamos que a Cyrela negocie bem acima do valor contábil neste cenário (talvez atingindo 1,5x).” (BTG Pactual)
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