De olho na criptomoeda: quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins?

Veja comparação da criptomoeda com CDI e o Ibovespa. O resultado é surpreendente

Quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins? - Foto: Unsplash
Quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins? - Foto: Unsplash

Quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins? A mais conhecida das moedas virtuais (que é, para muitos, sinônimo de investimento em criptomoedas) desperta desejo e também receio em muitos investidores, que ainda não sabem se vale a pena correr o risco de investir em ativos digitais. Por isso, começar investindo R$ 1.000 parece um bom caminho para aqueles que desejam experimentar o mercado e adquirir mais conhecimento sobre como se comportam as criptomoedas, sem arriscar a perder muito dinheiro. Mas atenção: os especialistas recomendam que, de toda sua carteira, as criptos não ultrapasse 0,5%. Logo abaixo você vai entender melhor o motivo desse limite.

Para saber quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins, ouvimos os especialistas Fabrício Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin e Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos, casa de análise e empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, que compararam o desempenho da criptomoeda com o CDI e também com o Ibovespa neste ano, nos últimos 12 meses e também nos últimos cinco anos.

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Além dos cálculos, os especialistas também deram dicas para os investidores sobre:

  • Cuidados ao investir em bitcoin;
  • Vantagens e desvantagens de investir na criptomoeda;
  • Qual é a tendência de valorização para os próximos meses. 

Confira, então, as recomendações dos especialistas logo abaixo:

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Quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins?

Afinal, muitos investidores querem saber quanto renderam R$ 1.000 em bitcoin.

Assim, quem investiu R$ 1.000 em bitcoins no dia 2 de janeiro deste ano viu seu capital mais do que dobrar de valor até o dia 30 de outubro, segundo o cálculo feito por Felipe Medeiros, da Quantzed.

Enquanto o principal indicador da renda fixa, o CDI, rendeu 8,5% no período, a valorização do bitcoin foi de 109%, transformando os R$ 1.000 iniciais em R$ 2.090. Em cinco anos, a valorização do bitcoin foi ainda mais extraordinária: de 451%, ante 58,10% no CDI.

Sendo assim, quem investiu R$ 1.000 em bitcoin em 2018, teria hoje R$ 5.510, ante R$ 1.581 na comparação com o investimento remunerado pelo CDI.

Investimento inicialEm 2023*VariaçãoEm 1 anoVariaçãoEm 5 anosVariação
CDIR$ 1.000R$ 1.0858,5%R$ 1.13013%R$ 1.58158,10%
BitcoinR$ 1.000R$ 2.090109%R$ 1.68068%R$ 5.510451%
* Até 30/10/2023 – Cálculos feitos por Felipe Medeiros, da Quantzed Criptos

Comparativo com CDI e Ibovespa sobre o rendimento de R$ 1.000

Fabrício Tota, do Mercado Bitcoin, acrescentou em sua comparação sobre quanto rendem R$ 1.000 em bitcoin, o CDI e o Ibovespa, principal índice da B3, a bolsa de valores brasileira.

Aqui, os resultados também foram muito favoráveis ao bitcoin:

Investimento inicialEm 2023*VariaçãoEm 1 anoVariaçãoEm 5 anosVariação
CDIR$ 1.000R$ 1.13513,5%R$ 1.13613,6%R$ 1.382,5038,25%
IbovespaR$ 1.000R$ 1.0656,50%R$ 976,40-2,36%R$ 1.323,0032,30%
BitcoinR$ 1.000R$ 1971,4097,14%R$ 1.058,505,85%R$ 7.305,20630,52%
* Até 30/10/2023 – Cálculos feitos por Fabricio Tota, do Mercado Bitcoin

De olho na volatilidade

Na comparação sobre quanto rendem R$ 1.000 em bitcoin feita pelo diretor de Negócios do Mercado Bitcoin, o a volatilidade das ações e do bitcoin ficam bem evidentes quando comparada ao CDI. Em um ano, enquanto o CDI se valorizava 13,6%, o Ibovespa perdia 2,36% e o bitcoin se valorizava apenas 5,85%. Já em cinco anos, a valorização do Bitcoin foi de 630,52%, pelos cálculo de Tota, ante 38,25% no CDI e 32,20% para as ações.

Vale lembrar que uma das máximas dos investimentos é que lucro passado não garante rentabilidade futura. Ainda assim, a comparação pode oferecer um bom parâmetro para futuras tomadas de decisão.

Até porque, um ano atrás, o mercado das criptomoedas estava sofrendo tanto que chegou a ganhar até o nome de “inverno cripto”, com uma série de notícias negativas envolvendo o ativo virtual.

Quais são os cuidados ao investir em bitcoin?

Por isso, antes de se entusiasmar demais ao saber quanto renderam R$ 1.000 em bitcoin pelos comparativos, é preciso lembrar que esses são os ativos com a maior variação. Criptomoedas têm a maior volatilidade do mercado. Ou seja, o ativo tanto pode subir muito (como visto nos cálculos acima), como também cair extraordinariamente (como nos lembra o recente

Segundo Felipe Medeiros, isso acontece porque o mercado ainda é muito baseado em especulação e por ser ainda de baixo volume. “Por isso, qualquer notícia ou qualquer evento ou fato que aconteça como alta de juros ou conflito externo geopolítico traz muita volatilidade”, diz.

Por esses motivos, os especialistas citam alguns cuidados antes de investir em bitcoin. Vamos a eles:

Gerenciamento de risco ao investir em bitcoins

O primeiro cuidado, segundo Fabricio Tota, do Mercado Bitcoin, é com o gerenciamento de risco. Mesmo valores pequenas – e até caso você queira testar quanto rendem R$ 1.000 em bitcoin.

Antes de investir em qualquer coisa, o investidor precisa saber qual seu perfil e quanto risco pode se submeter. Se é um investidor mais conservador, mais moderado ou mais arrojado. “Isso já vai influenciar primeiro a quantidade de cripto que ele pode ter em carteira”.

Além disso, é importante checar onde que esse bitcoin vai ser comprado, se em uma exchange centralizada ou descentralizada. Isso é importante não só pela parte fiscal, para saber como declarar esses ativos no imposto de renda, mas principalmente por conta da custódia, que é um dos cuidados mais importantes que o investidor precisa tomar.

“Se o bitcoin for comprado em uma exchange centralizada, por exemplo, o investidor deve estar ciente de que a posse daquele ativo é da exchange, não do investidor, que vai terceirizar essa posse em troca de alguns serviços. Assim, teoricamente a segurança de que vão guardar e manter seus fundos. Mas obviamente já tivemos diversos problemas em relação a isso, especialmente nos últimos anos, como o caso do escândalo da corretora FTX ou da Celsius. Então a questão da custódia é bem relevante. Por outro lado, se você for fazer sua autocustódia é importante você não perder suas chaves privadas, mantê-las sempre seguras, em um lugar que você saiba, justamente para não ter nenhum tipo de perda financeira”, diz Tota.

Felipe Medeiros, da Quantzed, concorda. “O primeiro cuidado é com a custódia”, diz Felipe Medeiros. “O bitcoin é muito atrelado a golpes, a pirâmides, porque muitas pessoas utilizam o discurso de grande volatilidade e de alto potencial de ganhos para enganar. Muitas pessoas que acreditam estar comprando bitcoins na verdade estão passando seu dinheiro para a custódia desses golpistas”, alerta. Segundo Medeiros, é mais seguro investir nas criptomoedas por meio de corretoras de renome.

Volatilidade x lado emocional do investidor

Outro cuidado para o qual alertam os especialistas, é com a questão da volatilidade da moeda e de como isso pode afetar a parte emocional do investidor.

O investidor deve evitar comprar quando estiver uma ganância muito alta no mercado, sair comprando só porque saiu alguma notícia e todos decidiram comprar. Por outro lado, também é preciso tomar cuidado com o pessimismo extremo que muitas vezes toma conta do mercado. Depois de uma grande alta, o mercado tende a ter correções para ajustar o preço do ativo. “Evite vender a moeda quando todos estiverem vendendo. Afinal, o bitcoin já ‘morreu umas 500 vezes e eventualmente vai morrer de novo, por isso, evite vender na baixa e sair no prejuízo, diz.

O bitcoin vai continuar a valorizar?

Para Felipe Medeiros, o bitcoin, que este ano já valorizou 109% pelos seus cálculos, deve continuar a valorizar. Isso acontece por dois motivos:

  • demanda institucional por bitcoins;
  • e o lançamento, na bolsa norte americana, de um ETF spot de bitcoin.

“ETF é um instrumento que as pessoas usam para investir em um ativo via bolsa de valores. No Brasil isso já existe há muito tempo, mas o impacto nos mercados internacionais é muito baixo. Já os Estados Unidos têm um impacto muito alto nos mercados mundiais. Sendo assim, a aprovação de um ETF de bitcoin na bolsa norte-americana tem um potencial de valorizar muito a criptomoeda.

Além disso, a maior gestora de ativos financeiros do mundo, o banco Black Rock, afirmou que existe uma demanda reprimida por bitcoin no mundo. Sendo assim, apesar da forte volatilidade do ativo, a tendência que se enxerga para os próximos meses é de valorização.

Vantagens e desvantagens de investir em bitcoin

Medeiros explica que quando o investidor que decide aplicar em bitcoin (ou em criptomoedas, de maneira geral) está fazendo um investimento fora do mercado tradicional. Ou seja: está apostando num ativo ‘outlier’, fora do senso comum, que não está atrelado a ativos do mundo real, como empresas, mas em uma reserva de valor digital. “Fazendo um paralelo, é como se estivesse investindo em um tipo de ‘ouro digital”, diz.

De acordo com Felipe, a principal desvantagem é que, enquanto essa tese de que o bitcoin é mesmo uma espécie de ouro digital não está totalmente provada, a qualquer momento o ativo pode sofrer um revés muito forte. Por outro lado, a vantagem, segundo o especialista, é que há um potencial de valorização maior, porque é um mercado muito pequeno, de baixa capitalização e que no longo prazo pode se valorizar.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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