Vai sacar os R$ 1.000 do FGTS? Veja onde investir
A prioridade é o pagamento de dívidas; quem já está no azul deve aplicar
Trabalhadores começarão a receber, a partir desta quarta-feira (20), o dinheiro do saque emergencial de até R$ 1 000 de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os saques extraordinários vão até o dia 15 de junho e o valor liberado vai depender do saldo que cada pessoa possui no FGTS. Cerca de 42 milhões de pessoas terão direito ao saque, e a estimativa é que aproximadamente R$ 30 bilhões seja injetado na economia do país.
Como o nome sugere, o dinheiro será liberado em uma circunstância emergencial, para que cidadãos endividados possam quitar ou amortizar seus débitos. “Esse dinheiro precisa ser usado com muita responsabilidade. É importante destacar que o FGTS é um fundo de garantia, ou seja, ele foi feito para eventuais necessidades e para trazer mais segurança financeira ao trabalhador”, ressalta André Schneider, especialista em investimentos da Warren.
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Para quem tem dívidas, o ideal é tentar diminuir ao máximo o valor do débito, evitando taxas maiores no futuro. “Quando falamos em um momento de crise como esse, faz sentido usar o dinheiro para quitar dívidas, já que elas geralmente têm juros muito maiores do que a remuneração do FGTS”, explica André. Hoje, o FGTS rende 3% ao ano mais a aplicação mensal da Taxa Referencial (TR) que, normalmente, é perto de zero. O valor de R$ 1 000, portanto, tem um retorno próximo de R$ 30 em 12 meses.
Invista com cautela
Quem não tem saldos para quitar pode usar o saque emergencial para investir em aplicações mais rentáveis. “Esse dinheiro pode ser usado na construção da reserva de emergência. Faz sentido investir esse valor porque você consegue escolher o prazo, liquidez e disponibilidade do recurso. Uma aplicação atrelada à taxa básica de juros, como o Tesouro Selic, já remunera mais do que o FGTS. É uma opção segura, com riscos baixos”, explica André. Investindo R$ 1 000 com a Selic a 11,75% ao ano, o valor final, após impostos, é de R$ 1 094,00.
Outra opção são os CDBs que usam a taxa CDI como rendimento. Aqueles que já têm uma segurança financeira podem ainda usar o dinheiro “extra” para aplicações de longo prazo, como um plano de previdência privada. “O importante é ter em mente que esse dinheiro está saindo de uma reserva e não deve ser gasto com coisas supérfluas. Se você não tiver disciplina, é melhor não resgatar esse valor”, alerta André.