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Qual o melhor momento para vender um ativo?
- No caso das ações, a deterioração dos fundamentos da empresa é um sinal para a sua saída enquanto investidor e investidora
- Dá para automatizar a saída de um ativo com ordens de stop loss
Escolher o momento para sair de um ativo, ou seja, vender o que você tem em carteira, pode ser uma das tarefas mais desafiadoras para os investidores. Afinal, vender muito cedo pode ter um grande custo de oportunidade se o papel continuar subindo e sair muito tarde pode te dar um prejuízo ainda maior. Este é um daqueles assuntos que não aceitam regras do que é certo ou errado, cada um faz de um jeito, mas há alguns pontos que os investidores precisam considerar sobre a hora de sair de um investimento.
A saída começa na entrada
O primeiro deles é que o momento de saída de um investimento está diretamente relacionado ao momento de entrada. É no início que o investidor deve traçar objetivos para aquela aplicação e a saída dela depende da revisão desses objetivos ao longo do tempo em que o dinheiro está aplicado.
“Todo investimento deve ter uma estratégia de entrada, carregamento e saída já montada antes da entrada no ativo para que não haja prejuízos que não tenham sido considerados, algo que pode até gerar a quebra da carteira”, explica Caio Kanaan Eboli, sócio e diretor operacional da mesa proprietária Axia Investing.
Montada a estratégia, é preciso ficar de olho nos investimentos para saber se eles estão indo no caminho que você deseja. “Mesmo que seja um investimento de dez anos, a depender dos fatores, às vezes é hora de deixar ele de lado”, diz Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos.
Qual o momento de vender uma ação?
Essa revisão periódica é fundamental no investimento em ações. Afinal, investir em ações é apostar no futuro das empresas. Os investidores compram ações porque acreditam na capacidade da companhia de entregar bons resultados. Quando, por inúmeros fatores, essa confiança na empresa cai, é hora de pensar em se desfazer do papel, porque você já não tem a mesma confiança na subida da ação no longo prazo.
Nesse cenário perceber a deterioração de fundamentos da empresa já é o suficiente para se desfazer das ações, segundo Rodrigo Crespi. “Às vezes é melhor realizar um prejuízo que não é tão grande do que esperar e ficar com prejuízo enorme no futuro”, diz Crespi.
Stop loss
Dá para automatizar a sua estratégia de saída de um papel. Stop loss pode ser traduzido literalmente como “parar perda”, é uma ordem de compra ou venda que pode ser programada pelo investidor na sua corretora. Você pode comprar uma ação a R$ 20 e mandar o home broker vender se chegar a R$ 18. Também é possível programar uma ordem de compra, opção para quem opera vendido.
A ferramenta mostra como é importante traçar uma estratégia de saída logo no início do investimento. Caio Kanaan explica que o preço de compra ou venda que o investidor vai programar depende da duração do investimento. Aplicação de longo prazo maior vão, naturalmente, suportar oscilações maiores. “Quanto menor o prazo operado, mais curto deve ser o stop loss, já se a operação for mais longa, como no swing e position trade, os stops devem ser mais longos também”, diz Kanaan.
A configuração dessas ordens também depende do perfil do investidor. O mais experiente e arrojado vai lidar bem com oscilações, enquanto o conservador tende a se proteger de grandes quedas, o que também pode limitar os ganhos lá na frente. O mais importante de tudo isso é você saber que você deve impor um limite para suas perdas.
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