O lado bom do inverno cripto: especialistas mostram 3 efeitos positivos da baixa

Se as maiores lições vêm nos piores momentos, agora é a hora de aprender

Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF
Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF

O mercado de criptomoedas vive meses difíceis em 2022, principalmente depois do colapso do ecossistema Terra-Luna.

Até esta quarta-feira (10), o Bitcoin perdeu 49% de seu valor de mercado no ano, enquanto o Ethereum caiu 50% e a Cardano teve queda de mais de 60%.

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Porém, esse revés do inverno cripto pode ter um lado positivo, segundo especialistas.

Um dos pontos que mais causa desconfiança em quem não investe em criptoativos são os projetos sem estrutura. Geralmente são tokens e criptomoedas criados apenas para gerar empolgação entre investidores, mas sem um objetivo por trás.

Há casos também de projetos que têm um motivo, porém apresentam alguma falha estrutural. 

Efeitos positivos do inverno cripto 

Para especialistas, todo ciclo de baixa de ativos pode ensinar algo. Como o mercado de criptos ainda é muito novo, o bear market pode trazer efeitos positivos importantes para o amadurecimento de investidores e criadores. 

Fim de projetos fracos

Um desses efeitos é a morte ou enfraquecimento de projetos considerados sem fundamentos. Nesse inverno cripto, algumas criptomoedas “morreram”.

É o caso da BCOIN, do jogo Bombcrypto, que requer um investimento inicial e dá criptomoedas aos investidores que jogam.

A cripto chegou a valer R$ 44 em novembro do ano passado e hoje é negociada a R$ 0,09. O jogo foi duramente criticado e acusado de criar um esquema de pirâmide financeira.

O projeto mais famoso que quebrou recentemente foi o ecossistema Terra-Luna depois que a stablecoin TerraUSD perdeu a paridade com o dólar. Ela chegou a ser negociada a R$ 5,69, acompanhando a moeda norte-americana, mas hoje vale apenas R$ 0,15.

“No começo do ano vimos várias criptomoedas e tokens perderem até 99% do valor, algumas serem extintas e até empresas de cripto quebrando”, comenta Israel Buzaym, head de Comunicação da BitPreço. “O mercado cripto faz essas limpezas ao longo de seus ciclos, eliminando os maus jogadores”, completa.

Tempo de aprendizado

Para Isabela Rossa, country manager da Coin Cloud, a morte de projetos com “hype” mostra que investidores não se atualizaram nos estudos.

Para ela, o Inverno Cripto é uma chance de conhecer mais o mercado. “Quem saiu perdendo foi quem não estudou o mercado corretamente. O movimento atual vai forçar muita gente a aprender para se preparar para a próxima alta”, diz. 

A executiva ainda destaca que o mercado de criptomoedas “sempre evolui e é preciso entender o que aconteceu no passado e continuar estudando para se prevenir”.

Oportunidade de lucrar

O último efeito positivo do momento atual das criptos vem de uma visão otimista dos especialistas que consideram uma boa hora para comprar (boas) criptomoedas.

Desde a última crise das criptos, em 2018, quando a morte do Bitcoin foi decretada várias vezes, a criptomoeda subiu mais de 600%. 

“Os investidores pode perceber que, do mesmo jeito que há variação negativa, há variação positiva. Esta é uma boa oportunidade para multiplicar o capital”, diz Raquel Vieira, especialista em criptomoedas da Top Gain. 

Buzaym, da BitPreço, recomenda que os investidores façam aportes semanais ou mensais em Bitcoin.

Para ele, quem fizer isto “dentro da sua capacidade de investimento, esperando o próximo movimento de forte alta, vai obter ótima performance em dois ou três anos”.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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