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Dicas do Itaú BBA para incentivados; spoiler: tem título pagando mais de 1% ao mês
Empresas citadas na reportagem:
O Itaú BBA liberou na quarta-feira (24) seu relatório mensal com dicas para investimentos em títulos privados cujos ganhos são isentos de imposto de renda.
Dele fazem parte debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis Agrícolas).
A novidade é que a recente mudança nas expectativas para a Selic provocou uma reviravolta nos papéis, especialmente nos pós-fixados, que têm como referência o CDI.
Dessa forma, há papéis voltando a oferecer rentabilidade acima de 1% ao mês.
Para ter rentabilidade equivalente, um título sujeito a Imposto de Renda precisaria oferecer de CDI+2,6% a CDI+3,9% ao ano.
Confira na tabela abaixo as rentabilidades dos papeis selecionados que pagam acima de 1% ao mês.
Papel | Emissor | Vencimento | Taxa oferecida | Taxa nominal |
CRA* | BRF | 15/7/2027 | CDI+1,8% | 13,3% |
CRI* | Smartfit | 15/10/2029 | CDI+1% | 12,7% |
CRI | Localiza | 11/3/2030 | CDI+0,6% | 12,3% |
CRI | Raia Drogasil | 16/9/2030 | CDI+0,8% | 12,5% |
*Restrito para investidores qualificados, que possuem aplicações financeiras totais acima de R$ 1 milhão
Prefixados com remuneração atrelada ao IPCA+
A equipe de renda fixa do Itaú BBA liderada por Ciro Matuo também listou papéis prefixados, com remuneração atrelada ao IPCA+, que a equipe considera como boas oportunidades.
A seleção inclui papéis de Rumo (RAIL3), CSN Mineração (CMIN3) e Carrefour Brasil (CRFB3).
No caso dos títulos pré, as emissões da seleção indicam rentabilidades que vão de 6,1% a 7,4% ao ano e prazos de 3,2 a 13,3 anos.
Assim, isso equivale a um ganho de 1,5 ponto a 2,9 pontos percentuais acima dos títulos públicos de vencimentos similares, após a incidência de IR.
Todos os títulos pré e pós recomendados têm classificação entre AA e AAA das agências de classificação de risco, nota máxima ou perto da máxima.
Confira as recomendações na tabela a seguir. Vale notar que dois deles – Carrefour Brasil e Rumo – estão abaixo da rentabilidade de 1% ao mês.
Papel | Emissor | Vencimento | Taxa oferecida IPCA+ | Taxa nominal |
CRA | Carrefour Brasil | 15/1/2029 | 6,3% | 11,6% |
Debênture | Rumo | 15/2/2029 | 6,2% | 11,5% |
Debênture | Águas do Rio | 15/1/2034 | 7,1% | 12,7% |
Debênture (CBAN72) | Rota das Bandeiras | 15/7/2034 | 7% | 12,6% |
Debênture (CBAN12) | Rota das Bandeiras | 15/7/2034 | 6,5% | 12,2% |
Debênture | Rumo | 15/12/2035 | 6,2% | 11,8% |
Debênture | CSN Mineração | 15/7/2037 | 7,1% | 12,7% |
Leia antes de investir
Paula Toute, da equipe de análise de crédito privado do Itaú BBA, observa que as rentabilidades indicadas tomam como referência as atuais taxas de mercado.
Ou seja: depende que a taxa básica de juros evolua para níveis atualmente previstos pelo mercado.
Segundo o último Boletim Focus, pesquisa do Banco Central com instituições financeiras, a previsão do mercado é de que a Selic feche 2024 em 9,5% ao ano.
Além disso, também vale mencionar que esses títulos não pagam juros mensalmente, afirmou Paula.
Na verdade, todos os papéis mencionados nesta matéria têm pagamentos semestrais de juros.
Segundo a equipe do Itaú BBA, os papéis selecionados negociam a taxas que apresentam bons pontos de entrada para posições de longo prazo.
A seleção contemplou emissores com forte perfil de crédito e boa relação de risco-retorno.
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- No caso dos papeis em IPCA, o que é pago semestralmente refere-se à porção pré-fixada.
Já a porção do IPCA vai sendo acumulada e é paga no momento da amortização do principal
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