O número de pessoas físicas com ETFs em seu portfólio permaneceu praticamente inalterado em junho, com 535.701 investidores, conforme boletim divulgado pela B3. Contudo, o volume de dinheiro aplicado caiu de R$ 9 bilhões para R$ 8 bilhões – seja por desvalorização, ou por resgates.
Com isso, a participação de pessoas físicas no volume sob custódia passou de 22,1% em maio para 20,1% no mês passado. No total, o mercado brasileiro de ETFs somava R$ 40,1 bilhões em patrimônio líquido, sendo que a maior parte (74,9%) é de aplicações de investidores institucionais.
O que são ETFs?
ETF é a sigla em inglês para fundo negociado em Bolsa chamado Exchange Traded Fund. Esses fundos replicam o desempenho de índices, como o Ibovespa. Entenda um pouco mais sobre esse tipo de ativo no vídeo que preparamos abaixo:
Do total, R$ 27,33 bilhões estavam em ETFs de renda variável local, R$ 8,7 bilhões em renda variável internacional e R$ 4,07 bilhões em ETFs de renda fixa local.
Entre os ETFs com maior valorização em junho, destaque para aqueles que acompanham índices amplos de ações e os voltados para o setor de tecnologia. Na tabela abaixo, você encontra os ETFs que mais subiram em junho.
Os 10 ETFs mais rentáveis de junho
Código
Índice
Segmento
Variação
XINA11
MSCI China
Ações – Amplo
19,5%
BTEK11
S&P Biotechnology Select Industry Index
Ações – Tecnologia
18,4%
HTEK11
Morningstar US Exponential Technologies Healthcare Index
Ações – Amplo
11,4%
DNAI11
MSCI USA IMI GENOMIC INNOVATION SELECT 50
Ações – Amplo
9,9%
GOLD11
LBMA Gold Price
Ouro
8,4%
ASIA11
MSCI AC Asia ex Japan
Ações – Amplo
6,7%
ESGE11
MSCI Emerging Markets Extended ESG Focus Index
ESG
4,4%
EMEG11
iShares MSCI Emerging Markets
Ações – Amplo
4,3%
SPXB11
S&P 500
Ações – Amplo
3,7%
TECK11
NYSE FANG + Index – NYFANG
Ações – Tecnologia
2,9%
Fonte: B3
Os ETFs funcionam para você?
Para saber se o papel funciona para o seu perfil de investidor ou investidora, você deve levar em consideração as vantagens e as desvantagens do ativo e a partir daí fazer a sua análise. Então, vamos a elas:
As vantagens do ETF
Os ETFs tiveram crescimento histórico de 2020 para cá, oferecendo mais praticidade para investir através de plataformas a custos menores do que em fundos tradicionais. A volatilidade dos ativos durante a pandemia de Covid-19 levou investidores moderados e arrojados a migrarem para os ETFs, que tendem a ser estáveis. E ainda tem a questão da diversificação, que se torna mais simples a um custo competitivo.
Qual é a desvantagem dos ETFs?
Uma desvantagem em relação aos ETFs está na tributação, que não oferece isenção de IR para vendas de ativos inferiores a R$ 20 mil, além do processo de preenchimento da DARF. Além disso, esse tipo de investimento ainda é recente no Brasil – o primeiro ETF data de 2004. Por ser menos difundido, a liquidez é menor. É possível citar ainda as limitações da gestão passiva, que, embora seja mais segura, traz menos lucro do que em fundos que arriscam mais.