10 coisas que você deve saber sobre 2024 antes de investir, segundo o Bank of America

Juros e possível recessão nos EUA, preço do petróleo, eleições, China e Japão estão entre os temas citados

O Bank of America, em 28 de novembro, listou uma série de fatores que, avalia, devem guiar o rumo dos mercados financeiros no ano que vem.

Confira a seguir:

Juros em queda nos EUA e na Europa

O economista global do BofA, Claudio Irigoyen, espera que a inflação diminua gradualmente em todo o mundo, que o crescimento desacelere modestamente e que o Federal Reserve e o Banco Central Europeu comecem a cortar juros em junho.

Medo de ‘hard landing’ continua

O estrategista de investimentos do BofA, Michael Hartnett, acredita que uma recuperação mais robusta dos preços dos ativos provavelmente não acontecerá enquanto houver receios de uma “aterrissagem brusca” da economia dos Estados Unidos.

Ou seja, de o país entrar em recessão por causa dos juros altos.

Ainda assim, o S&P deve subir

A estrategista de ações e quantitativos do BofA, Savita Subramanian, prevê alta de 10% do principal índice de ações dos Estados Unidos.

Entre os fundamentos para sustentar sua tese estão a expectativa de lucro por ação crescente das empresas e o ano eleitoral nos Estados Unidos, que costuma aumentar gastos públicos.

Para a Europa, a expectativa é menor, com crescimento econômico fraco no primeiro semestre, mas recuperação na segunda metade de 2024.

Menos solavancos no preço do petróleo; ouro sobe

O estrategista de commodities do BofA, Francisco Blanch, espera um crescimento mais lento da demanda por petróleo em 2024, mas espera que a OPEP+ corte mais produção.

Em outra frente, as taxas de juros em queda devem impulsionar o ouro e levar à reposição de estoques de metais industriais.

A inflação no Japão persiste; estratégia vê o mercado em alta

O BofA espera uma melhoria nos gastos dos consumidores e que a inflação siga acima do consenso, o que é positivo para o Japão.

A estratégia vê progresso na reforma corporativa, com o número de empresas elevando a orientação para o ano fiscal para o nível mais alto em uma década.

Cortes nas taxas são positivos para mercados emergentes

Os retornos dos mercados emergentes devem ocorrer, uma vez que o Federal Reserve comece a cortar juros.

O banco observa que os fundos globais estão com baixa alocação em ativos dos mercados emergentes.

Porém, observa, o crescimento na China deve se estabilizar.

Foco na qualidade no crédito

Depois de um ano positivo em ganhos com crédito corporativo, o BofA alerta que com o ciclo esperado de cortes e emissões deve-se criar condições menos favoráveis para o setor em 2024.

A aposta do banco é em papéis de alta qualidade.

Desaceleração de investimentos prejudica crescimento dos EUA

O impacto dos programas de investimento fiscal deve se dissipar.

Embora o investimento tenha ventos favoráveis, a estratégia dos Estados Unidos reconhece ventos contrários cíclicos, apoiados por pesquisas com CEOs de empresas.

Gasto público deve manter altos os rendimentos dos Treasuries

Será difícil reduzir significativamente os déficits nos Estados Unidos. A era de baixos gastos com forças armadas pode estar terminando, segundo o BofA.

Incerteza política por causa de eleições

A polarização e o populismo estão aumentando e, com elas, as incertezas.

Nas contas do BofA, economias responsáveis por mais de 60% do PIB global terão eleições em 2024.