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Para além da Verde, de Stuhlberger, fundo da Empiricus também lucra com rali do bitcoin
Para além de Luis Stuhlberger, da Verde, que comprou bitcoin antes das eleições dos Estados Unidos, outro fundo multimercado, o Empiricus Money Rider, também comemora o atual rali da moeda digital.
Nesta quarta-feira (13), o bitcoin subiu mais alguns degraus e alcançou a cotação de US$ 93 mil. Está, dessa maneira, cada vez mais próximo dos US$ 100 mil, horizonte almejado dos desenvolvedores de ativos digitais há alguns anos.
João Piccioni, diretor de investimentos da Empiricus, conta que o fundo carrega uma posição relevante de criptos desde julho do ano passado. Cerca de 6%, distribuídos entre 2,5% em bitcoin, 2,5% em ether e 1% em solana.
Com a escalada de 150% na cotação do bitcoin, o fundo acumula alta de 37,18% em 12 meses. Uma raridade entre os multimercados brasileiros.
“A gente montou essa posição no ano passado. Esperava uma alta com movimentos como o halving do bitcoin e a liberação do mercado de ETFs”, conta Piccioni.
Ele chegou a manter 10% do patrimônio líquido do fundo em criptos. Mas reduziu uma parte no meio do ano, quanto o bitcoin alcançou US$ 70 mil. “Era nosso target os US$ 70 mi, daí não tem arrependimento”, afirma.
Exposição via ETF de bitcoin
A exposição da Empiricus se dá via ETFs de bitcoin e ether à vista da BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo.
Nas primeiras horas desta quarta-feira, aliás, a BlackRock registrou ingresso de US$ 1,5 bilhão em seu ETF de bitcoin.
Na Verde, diferentemente da Empiricus, nem se sabe qual o tamanho da exposição, tão pouco quais são os instrumentos para alocação na área.
Estima-se que a gestora de Stuhlberger tenha participação bem pequena em ativos digitais, abaixo de 0,50% do patrimônio líquido.
Por lá, o especialista no assunto não é Luis Stuhlberger, o gestor da casa. Mas sim o seu sócio Luiz Parreiras, que estuda o mercado cripto com afinco.
Mercado internacional
Se o interesse dos gestores de multimercado pelo cripto soa como novidade no Brasil, o movimento já é visto com certa normalidade no exterior.
Os ETFs de bitcoin à vista foram aprovados pela SEC, a agência reguladora do mercado de capitais americano, apenas em janeiro deste ano.
No entanto, levantamento da River Intelligence aponta que 60% dentre os principais hedge funds dos Estados Unidos carregam posições de bitcoins.
Citadel Investments, Millennium Management, Mariner Investment, e Fortress Investment estão entre as gigantes que investem no setor.
Rali do bitcoin continua?
Principalmente por isso, a Julius Baer, com US$ 60 bilhões sob administração, disse mais cedo que se mantém otimista com a classe de ativos. Mesmo com a impressionante alta dos últimos dias.
“Olhando para o futuro, a volatilidade deve ocorrer”, pontou a family office em nota aos investidores. “Mas, apesar do forte rali, vemos ventos contrários mínimos no futuro de curto prazo do bitcoin”.
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