O Goldman Sachs deu um passo adiante na adoção de ativos digitais por Wall Street nesta segunda-feira, executando a primeira transação de cripto de balcão de um grande banco dos EUA.
A Galaxy Digital, uma provedora de serviços financeiros de blockchain e criptomoeda, disse em comunicado que ajudou o Goldman Sachs a executar uma opção não-entregável de bitcoin de balcão.
Opção é um contrato onde se negocia o direito, por um determinado período, de comprar ou vender um lote de ações por um preço fixado, o preço de exercício ou strike. Uma opção não entregável é liquidada com dinheiro, no vencimento do contrato, e não pela entrega de um ativo subjacente – como o bitcoin.
O comunicado de imprensa deixa muitas perguntas sem resposta, incluindo o tamanho do negócio e se foi em nome de um cliente ou instigado pelo próprio banco. O Goldman confirmou a notícia ao Barron’s, mas não forneceu mais detalhes sobre o negócio.
Max Minton, chefe de ativos digitais da Ásia-Pacífico do Goldman, disse que “este é um desenvolvimento importante em nossos recursos de ativos digitais e para a evolução mais ampla da classe de ativos”.
“Estamos satisfeitos em continuar fortalecendo nosso relacionamento com o Goldman e esperamos que a transação abra as portas para outros bancos que consideram o OTC (mercado de balcão) como um canal para negociar ativos digitais”, disse Damien Vanderwilt, chefe de mercados globais da Galaxy Digital.
Esta não é a primeira vez que Goldman Sachs e Galaxy Digital trabalham juntos. A empresa de criptomoedas anunciou em junho que seria o provedor de liquidez nas negociações de blocos futuros de bitcoin do banco na CME (Chicago Mercantile Exchange).
Embora o bitcoin e o espaço de ativos digitais em geral permaneçam principalmente não regulamentados nos EUA, os derivativos de bitcoin negociados na CME são atípicos, com o primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) com contratos futuros regulamentados pela CME sendo lançado em outubro passado.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico