Cripto: bitcoin modera alta após cruzar valor inédito de US$ 70 mil

Em meio ao influxo de alocações trazido pela aprovação dos ETFs cripto nos EUA, a moeda digital também tem se beneficiado das expectativas para o halving

O bitcoin voltava a subir na tarde desta sexta-feira, 8, ainda que tenha moderado o avanço que levou a criptomoeda a superar a marca inédita dos US$ 70 mil mais cedo.

Em meio ao influxo de alocações trazido pela aprovação dos ETFs cripto nos EUA, a moeda digital também tem se beneficiado das expectativas para o halving. A recente recuperação das criptomoedas levou o Goldman Sachs a melhorar a recomendação para as ações da Coinbase.

O Goldman Sachs elevou a recomendação para a Coinbase de “venda” para “neutra”, projetando um preço-alvo de US$ 282 para a ação da bolsa de criptomoeda, em relatório divulgado na quinta-feira. Os papéis da Coinbase subiam mais de 6% nesta tarde na Nasdaq.

As máximas históricas das criptomoedas e o aumento de volume de negociação na Coinbase, que atingiu níveis vistos pela última vez em 2021, levaram a um aumento de 48% nas estimativas de receita do Goldman Sachs desde o início de fevereiro, de acordo com a nota de pesquisa. Anteriormente, o Goldman esperava que a Coinbase tivesse um desempenho mais fraco devido aos volumes baixos de negociação.

Defensores da maior criptomoeda do mundo atribuem o recorde de cotação aos princípios tradicionais de oferta e demanda. Semelhante aos mecanismos de precificação de commodities como ouro, petróleo ou soja, o valor do bitcoin é influenciado por flutuações na demanda.

O aumento na demanda por bitcoin veio na sequência do lançamento de ETFs nos Estados Unidos em janeiro. Desde o lançamento, os investidores injetaram bilhões de dólares nesses ETFs, levando-os a comprar bitcoin para atender à demanda, consequentemente impulsionando seu preço.

O diferencia o bitcoin da maioria das outras commodities, entretanto, é sua oferta estritamente limitada. O código de computador que sustenta o bitcoin impõe um limite rígido de 21 milhões de moedas e mais de 90% deles já foram criados.

Para expandir a oferta, computadores executam algoritmos para “minerar” novas moedas. Mas eles só conseguem produzir cerca de 900 novos bitcoins por dia, uma taxa que deverá cair no próximo mês, após o halving. A oferta de bitcoin deverá parar de crescer quando a moeda final for extraída, por volta do ano 2140.

“O bitcoin é um dos ativos mais escassos do mundo e está se tornando mais escasso a cada dia”, disse Alex Thorn, chefe de pesquisa da Galaxy Digital.

Por volta das 17 horas (de Brasília), o bitcoin subia 1,62%, a US$ 68.766,58 (R$ 343.178,44), de acordo com a Binance. No horário citado, o ethereum subia 1,40%, a US$ 3.926,24 (R$ 19.550), ainda segundo a Binance.

Com informações de Dow Jonews Newswires e Estadão Conteúdo