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Bitcoin é uma boa proteção contra a inflação? CEO da Ripio diz que sim
O argentino Sebastián Serrano, CEO da Ripio, uma das maiores plataformas de criptoativos da América Latina, defende que o bitcoin é uma proteção contra a inflação, a despeito de sua volatilidade. Serrano argumenta que, historicamente, o bitcoin se valoriza frente aos choques de inflação – ou expectativa de inflação.
“O bitcoin é um ativo escasso, como o ouro, e em uma janela (de tempo) mais longa, de quatro anos, por exemplo, não há investimento que performe melhor do que o bitcoin”, disse, em entrevista à Inteligência Financeira, realizada em 18 de dezembro do ano passado.
A avaliação do CEO da Ripio não é um consenso entre os economistas, que afirmam que o bitcoin, aos 15 anos, ainda é um ativo muito jovem para ser classificado como uma espécie de porto seguro contra a inflação.
Dessa forma, na entrevista Serrano faz ainda uma breve análise do primeiro ano do governo de Javier Milei. A Ripio é atualmente uma das carteiras de bitcoin mais populares na Argentina.
“Nunca vi o peso se valorizando tanto e tão forte”, diz Serrano.
Assim, o peso argentino se fortaleceu mais do que qualquer outra moeda em 2024 em termos reais. A valorização foi superior a 40% no acumulado de janeiro a dezembro.
Então, Serrano avaliou ainda o cenário para o bitcoin em 2025 e a velocidade da adoção dos criptoativos na Argentina.
‘Se você é turista e vai ao bairro de Palermo, em Buenos Aires, vai encontrar 20, 25 restaurantes, aceitando (pagamento em) criptomoedas. Inclusive, alguns, dão 15%, outros 25% de desconto (para pagamento em cripto)’, diz o especialista.
O bitcoin é um ativo de proteção contra a inflação?
Dessa forma, o debate em torno do bitcoin como ativo de proteção contra a inflação ganhou novo fôlego com a contínua escalada dos preços.
Para ficar no caso brasileiro, a projeção para o índice IPCA 2025, a inflação oficial do País, avançou de 4,96% para 4,99%. Isso segundo dados da última segunda-feira (6).
Ao mesmo tempo, o preço do bitcoin se mantém em torno do US$ 100 mil após mais do que dobrar de preço em 2024, com valorização de 121%.
Segundo o site Coindesk, um fator importante para que os investidores se mantenham otimistas com o desempenho do bitcoin em 2025 é um relatório do banco J.P. Morgan afirmando que as forças de mercado que impulsionaram a moeda digital para suas máximas históricas no ano passado ainda estão atuando.
“O trade de debasement veio para ficar, com o ouro e o bitcoin se tornando componentes cada vez mais importantes das carteiras dos investidores”, escreveram os analistas do J.P. Morgan.
Debasement é quando se compram ativos que oferecem proteção contra a depreciação de moedas fiduciárias e títulos de dívida governamental devido à inflação e mudanças na política fiscal.
Resumindo, a teoria por trás de uma reserva monetária é que ela serve como proteção contra a inflação. Nesta visão, os ganhos acumulados do bitcoin podem ajudar a aliviar a pressão da escalada de preços na economia real.
A ressalva, no entanto, é que uma verdadeira reserva de valor mantém seu poder de compra e pode ser facilmente trocada por outros ativos. O que não acontece com o bitcoin.
Por que o bitcoin pode ser arriscado em 2025?
Embora o Bitcoin ofereça benefícios aos investidores, é importante notar que ele é altamente volátil, com fortes flutuações de preços que podem resultar em ganhos significativos ou perdas devastadoras.
O seu valor é fortemente influenciado pelo sentimento do mercado, decisões de reguladores e avanços tecnológicos.
O bitcoin também carece da aceitação universal, algo que acontece com o dólar e até mesmo com o ouro.
Há ainda riscos relacionados à segurança digital, como ataques hackers ou perda de carteiras digitais.
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