Como tudo que envolve o mundo do bitcoin, há uma relação de rentabilidade entre a criptomoeda versus os investimentos tradicionais difícil de explicar.
Desde 2014, quando efetivamente a moeda digital começou a ganhar tração, o bitcoin vive um ano como o pior investimento, para então passar três consecutivos na liderança da lista. A relação é de 1×3.
Em 2014 o bitcoin e uma cesta de outras criptomoedas mais líquidas sofreram revés de 50,1%. Naquele ano, o S&P, o principal índice de ações do mundo, fechou em alta de 26,3% e liderou o ranking.
Mas depois foram três anos, 2015, 2016 e 2017 com o NCI na liderança. O NCI é o Nasdaq Crypto Index, que sempre teve grande parte de sua formação com o bitcoin, mas também com moedas importantes como ether e solana.
Confira a comparação entre bitcoin (NCI) e outros investimentos
Depois, a história se repente com uma forte correção em 2018, três saltos entre 2019 e 2021. Até a queda de 2022, e, assim, o ciclo atual, de alta em 2023 e, novamente, liderança em 2024.
Chegamos, então, ao que interessa. O que esperar para 2025? Bom, se depender desse gráfico, virá outro ano de crescimento. Seguido de uma grande correção em 2026. Será mesmo?
Segundo Pedro Lapenta, que lidera a equipe de pesquisas em criptomedas da gestora Hashdex, parece que sim, 2025 vai ser mais um ano forte.
“Eu vou acreditar no ciclo do bitcoin. Todos os nossos ângulos apontam para um 2025 forte. Com regulação melhorando, adoção acontecendo, utilidade aumentando. Eu acho que dá para continuar apostando que vai ser um ano bom”, afirma.
Bitcoin pode chegar a US$ 250 mil
Para Lapenta, apesar da impressionante alta da criptomoeda, com o bitcoin rompendo pela primeira vez a barreira dos US$ 100 mil, o atual bull market não chegou ao meio da curva de valorização.
“A gente está na visão de que esse ciclo pode alcançar US$ 250 mil, eventualmente. Entre US$ 250 mil e US$ 200 mil. Eu não consigo dizer com mais precisão do que isso. Talvez quando o criptomoeda tiver uns 30 anos de vida eu consiga colocar uma banda mais apertadinha (para a projeção)”.
O que explica a relação 1×3?
Questionado sobre a relação de um ano de queda para três de alta, Lapenta mostra que ele também procura explicações. Diz que pode ser devido ao halving, evento programado pelo código que reduz de quatro em quatro ano o volume de mineração de novas moedas.
Fala até de um novo ciclo econômico que surgiu após a crise do subprime, em 2008, e que teria “resetado o sistema econômico”, com vencimentos de títulos de quatro em quatro anos.
Mas a verdade é que a tabela desafia a lógica, inclusive a do especialista. Que espera ver para crer com relação a 2026. “Vamos deixar para pensar em 2026 no ano que vem”, afirma.