Bitcoin (BTC) atinge menor patamar desde novembro; o que puxa a queda da cripto hoje?
O bitcoin (BTC) opera em queda nesta segunda-feira (13) e chegou a bater US$ 90.200 mais cedo, atingindo seu menor patamar desde 18 de novembro, quando operou a US$ 89.843 na mínima do dia. Com a baixa de hoje, a maior das criptomoedas já acumula uma desvalorização de 15% desde que bateu sua máxima histórica nos US$ 108.135 no dia 17 de dezembro.
Um dos fatores que traz pessimismo neste começo de semana é a revisão de expectativas econômicas depois da divulgação dos últimos indicadores dos Estados Unidos. Em relatório, o Goldman Sachs projetou que o próximo corte de juros nos EUA ocorrerá em junho, e não março como o banco estimava antes. O Bank of America (BofA), por sua vez, teme até mesmo que o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro tenha acabado. Nem mesmo um aumento dos juros ao longo do ano está descartado.
Perto das 10h49 (horário de Brasília) o bitcoin cai 3,8% em 24 horas, cotado a US$ 90.982 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, despenca 6,4% a US$ 3.058, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 3,29 trilhões. Em reais, o bitcoin tem perdas de 3,9% a R$ 559.786, de acordo com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, cai 5,2% a US$ 2,38. Já a solana tem queda de 6,4% a US$ 175,95 e o BNB (token da Binance Smart Chain) recua 3,4% a US$ 668,43.
Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista, a última sexta (10) foi marcada por um saldo líquido negativo de US$ 149,4 milhões. O principal responsável pelos números negativos foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 183,6 milhões de excesso de vendas de cotas em relação às compras. Entre os ETFs de ether, o fluxo foi negativo em US$ 68,5 milhões. Quem impulsionou a saída de dinheiro foi o FETH, da Fidelity, com US$ 65,4 milhões.
BTC hoje
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, diz que se o bitcoin continuar a cair pode buscar liquidez no suporte dos US$ 87.500. “Essa faixa de preço é extremamente importante para o preço do bitcoin, portanto, caso ocorra a queda, é necessário que entre um alto volume comprador absorvendo a queda”, avalia. As próximas resistências, caso o BTC volte a subir, estão nos níveis de US$ 94.530 e US$ 98.720.
Já Bernardo Bonjean, fundador da Metrix, aponta que algumas altcoins parecem estar com desempenho excessivamente descontado em relação ao do bitcoin, considerado o benchmark deste mercado.
“No fim de 2024, as principais blockchains atingiram a marca histórica de mais de 120 milhões de transações em um só dia (quatro vezes mais que a Visa) e apontam para a alta usabilidade e crescimento de vários setores e projetos. Optimism (OP), do setor de segunda camada, atingiu US$ 7,5 bilhões em total depositado, Ondo (ONDO), do setor de tokenização, está com cerca de US$ 600 milhões tokenizados”, destaca o especialista.
“Tais métricas evidenciam a força desses projetos, mas contrastam com uma performance suprimida: OP está em um drawdown de 65% e ONDO cai 40% da máxima histórica.”
Com informações do Valor Econômico
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