Bitcoin sobe 3% e se aproxima dos US$ 107 mil com ordens de Trump; vem mais alta pela frente?

O bitcoin (BTC) se aproximou dos US$ 107 mil na sexta-feira (24), depois da alta volatilidade do dia anterior. Na quinta, a moeda chegou a superar os US$ 106 mil. Depois, caiu para US$ 103 mil em questão de horas antes de terminar o dia perto da estabilidade.

No radar, o governo Trump finalmente lançou suas primeiras ordens executivas ligadas ao mercado de criptomoedas.

Além disso, do lado macroeconômico, o banco central do Japão elevou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, para 0,5% ao ano.

O presidente americano assinou ordens que proíbem a criação ou emissão de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) nos Estados Unidos.

Trump também criou um grupo de trabalho sobre ativos digitais liderados pelo “czar cripto” David Sacks. Ele abriu ainda a avaliação acerca da criação de um “estoque estratégico de ativos digitais” pelo governo americano.

Efeito Trump

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, sobe 3% a US$ 3,18.

Já a solana avança 8,1% a US$ 266,17 e o BNB (token da Binance Smart Chain) opera com alta de 0,1% a US$ 686,91.

Ayron Ferreira, analista sênior na Honey Island Capital, lembra que na manhã de sexta, o bitcoin ultrapassou os US$ 106 mil. Isso quando a senadora Cynthia Lummis publicou na rede social X (Twitter) que um grande anúncio sobre cripto viria naquele dia.

“O entusiasmo inicial arrefeceu quando ficou claro que o anúncio era apenas sobre sua nomeação como presidente do Subcomitê de Ativos Digitais do Senado”, lembra Ferreira.

Do que trata a ordem executiva de Trump

Sobre a ordem executiva que tratou do estoque estratégico de ativos digitais, o analista aponta que o mercado demonstrou cautela, pois a proposta ainda carece de detalhes práticos.

No entanto, Ferreira acredita que o avanço das discussões sinaliza um cenário promissor para o setor ao longo do ano. O analista da Honey Island também marcou como importante a revogação da SAB 121, que obrigava empresas de custódia a registrar os ativos dos clientes como passivos.

No âmbito macro, a alta nos juros japoneses era amplamente esperada e não teve o mesmo impacto negativo nas bolsas que outros apertos monetários na segunda maior economia da Ásia tiveram no passado.

Quando o Japão eleva os juros, isso prejudica a rentabilidade de uma operação chamada “carry trade”, na qual os investidores tomam dinheiro emprestado em um país de juros mais baixos e aplicam em uma economia que pague taxas maiores, lucrando com a diferença.

Novo recorde vem ai?

Usando análise técnica, Rafael Bonventi, analista da Bitget, diz que o bitcoin está consolidando uma base robusta, indicando que um rompimento significativo pode estar prestes a acontecer.

“Acredito que poderemos ver um movimento forte em breve, já que é possível ver uma grande ‘vela’ de alta se formando no gráfico”, destaca.

“Esse ‘pingue-pongue’ entre US$ 100 mil e US$ 110 mil deve continuar por algum tempo, mas sigo otimista no horizonte de médio e longo prazos, com mais de 80% de chance que o bitcoin inicie nova trajetoria de alta. Se uma nova máxima histórica acontecer nas próximas semanas é possível projetar o bitcoin mirando os US$ 131 mil.”

Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, ontem foi registrado um saldo líquido positivo de US$ 188,7 milhões.

O principal responsável pelos números positivos foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 154,6 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas. Entre os ETFs de ether, o fluxo foi negativo em US$ 14,9 milhões.

Quem impulsionou a saída de dinheiro foi o ETHE, da Grayscale, com US$ 22,3 milhões.

Com informações do Valor Econômico

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