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Previdência privada ou Tesouro RendA+: conheça as diferenças antes de tomar sua decisão
Fundos de previdência privada ou Tesouro Renda+: se você está pensando em se aposentar, é possível que já tenha se deparado com esses dois investimentos. Qual das aplicações, afinal, é mais adequada ao seu momento ou a seu perfil de investidor? Quem responde é Waldemar Santana, Head de Distribuição da Guide Investimentos. Vamos entender?
O que é o Tesouro Renda+?
Antes de tudo, não custa lembrar que o Renda+ é um título do Tesouro Direto criado especialmente para quem quer garantir uma aposentadoria complementar por 20 anos.
Para investir nesse título, você precisa escolher a data de aposentadoria (há algumas alternativas disponíveis) para começar a receber sua renda extra. Até lá, você fazendo aplicações no título para garantir o valor de aposentadoria mensal que quer receber lá na frente.
O que são fundos de previdência privada?
Também apenas para relembrar, fundos de previdência privada são fundos de investimentos oferecidos por instituições financeiras (corretoras de valores e bancos, por exemplo). A peculiaridade é que, claro, esses fundos têm objetivo de fazer o investidor guardar recursos para sua aposentadoria.
Semelhanças entre a previdência privada e o Tesouro RendA+
Como você já deve imaginar, a principal semelhança que temos aqui é que ambos os ativos têm como principal objetivo o acúmulo de capital com propósito de aposentadoria. Ou seja: funcionam melhor se você você estiver se planejando para o longo prazo, principalmente do ponto de vista de Imposto de Renda.
Previdência privada x Tesouro RendA+: principais diferenças
“São muitas diferenças porque, apesar de os dois produtos terem o mesmo propósito, eles têm conjunturas distintas”, afirma o especialista.
Risco maior x risco menor
A principal delas, ele destaca, é o risco. “No Tesouro, nós incorremos ao risco soberano, que possivelmente seja o mais brando que existe, já que estamos emprestando recurso ao governo”, diz ele.
Ou seja, o risco de calote é muito pequeno.
“Por outro lado, quando investimos em um fundo, estamos investindo em um veículo que, por sua vez, investe em diversas outras frentes”, diz ele. “O fundo pode, portanto, absorver riscos distintos”, afirma.
Por exemplo, um fundo de previdência voltado para renda fixa, que tenha majoritariamente na sua carteira ativos de crédito, incorre em um risco de crédito mais agravado porque há diversos ativos compondo aquela carteira.
“Adicionalmente, como o risco é maior, há uma busca por diversificação”, diz ele. Isso significa que enquanto no Tesouro investimos em um único título, no fundo temos uma carteira formada por diversos ativos.
Custos
Outra diferença destacada por Waldemar são os custos. E aqui há uma informação importante.
“Habitualmente, no Tesouro, nós temos a taxa de custódia”, diz ele. “Para o Renda+, porém, existe a possibilidade de isenção dessa taxa para o investidor que levar o título até o vencimento”, alerta.
Em fundo de previdência, por outro lado, há taxa de administração, que fica em média em 1%, e pode haver taxa de performance.
Tributação
Sim, existe também diferenças quanto à tributação. E qual a diferença entre previdência privada e Tesouro RendA+ nesse quesito? Vamos lá.
“Enquanto o Tesouro Renda+ segue a tabela regressiva base de renda fixa para tributação, o fundo de previdência tem uma via diferente”, diz ele.
Para explicar, vamos imaginar um investidor que aplique por dez anos em ambos os ativos. “Nesse caso, no Tesouro Renda+ ele terá uma alíquota de IR de 15%”, calcula. E no fundo de previdência? A tributação para esse prazo seria de 10%.
Para quem a previdência pode ser mais interessante do que o Tesouro Renda+?
De acordo com Waldemar, o fundo de previdência pode ser mais interessante para os investidores que querem uma diversificação maior para seus investimentos.
“Ele também pode ser ideal, principalmente, para aqueles que têm já algum capital para investir e iniciar seu processo voltado para aposentadoria”, afirma.
Para quem o Tesouro Renda+ pode ser a melhor escolha?
E o Renda+ é melhor para quem? Direto e reto: para quem está começando a investir agora. “O processo é mais facilitado, sem tantos riscos, e é possível iniciar os investimentos com apenas R$ 30”, diz ele.
“Nos fundos, diferentemente, é preciso ter um aporte mínimo mensal que pode ser superior a esse valor em grande parte dos casos”, afirma.
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