Varejistas no Brasil terão um 2º tri fraco, exceto Mercado Livre, prevê Itaú BBA

Maiores varejistas devem ter tido nova rodada de resultados fracos

As maiores varejistas no Brasil devem ter tido uma nova rodada de resultados fracos no segundo trimestre, com a notória exceção de Mercado Livre, segundo o Itaú BBA.

Em relatório de prévias divulgados nesta sexta-feira (14), o banco de investimentos previu que na média o setor vai oscilar entre baixo crescimento e queda nas vendas comparáveis.

Para Assaí (ASAI3) e Carrefour Brasil (CRFB3), a previsão do BBA é de declínio das receitas pelo critério de mesma rede de lojas e compressão das margens de lucro.

“O varejo alimentar tem sido afetado por tendências desafiadoras de deflação e acirramento da concorrência, principalmente no Sudeste do país”, diz relatório assinado por Thiago Macruz.

Para o Magazine Luiza (MGLU3), a expectativa do BBA é de aumento de 1,7% da receita líquida e queda das margens de lucro, mesmo com esforços da empresa para obter ganhos de eficiência. Ainda assim, o analista crê que a varejista terá um prejuízo líquido de R$ 208 milhões no trimestre.

A previsão é pior para a Lojas Renner (LREN3), com queda ano a ano de 8% das vendas comparáveis e o período promocional levando a queda das margens da varejista de moda.

Um mix de sólido crescimento das receitas (+19% ano a ano), mas com redução das margens, é o que deve trazer o balanço da Arezzo (ARZZ3), com o lucro caindo 15%, apontou o banco.

Natura e Raia Drogasil

O BBA previu ainda um crescimento modesto na receita da Natura na América Latina, com as marcas Natura e Avon repetindo as tendências do primeiro trimestre.

Aumentos de preços e um mix de categorias mais caras compensarão em parte no lucro os efeitos negativos de ajustes operacionais sobre a fabricante de cosméticos, segundo o relatório.

Raia Drogasil (RADL3), por sua vez, terá o resultado trimestral afetado pelo menor reajuste nos preços dos medicamentos, de 6% em 2023, ante 11% em 2022, afirmou Macruz.

Ainda assim, o analista previu aumento de 11% das vendas comparáveis da rede de drogarias, e crescimento de receita líquida de 18%.

A grande exceção na temporada deve ser o Mercado Livre (MELI34), segundo o banco de investimentos, com a divisão de comércio eletrônico crescendo as vendas em 20% do GMV.

Enquanto isso, o braço de fintech Mercado Pago deve ter se beneficiado da estratégia de monetização da plataforma, segundo relatório.

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