Trabalhadores poderão usar recursos do FGTS para comprar ações da Eletrobras
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Iniciativa está dentro do plano de privatização da companhia
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Presidente do BNDES diz que a prioridade na compra das ações é uma forma de recompensar empregados e aposentados da estatal
O modelo de capitalização da Eletrobras permitirá que trabalhadores utilizem recursos do FGTS para a compra de ações da companhia. A aplicação mínima será de R$ 200 por trabalhador. No total, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) autorizou o uso de até R$ 6 bilhões do saldo do FGTS para esse tipo de investimento.
No varejo, pessoas físicas poderão comprar as ações da empresa elétrica com valor mínimo de aplicação de R$ 1 mil. A garantia mínima de alocação será de R$ 5 mil por investidor.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse que a capitalização terá um caráter de “democratização do capital”, ao garantir também a prioridade a empregados e aposentados da estatal para que eles comprem até 10% do total das ações ofertadas. “É um incentivo a quem se dedicou a criar esse patrimônio brasileiro”, afirmou.
O CPPI aprovou nesta terça-feira (19) a modelagem da desestatização da Eletrobras, tendo por base os estudos técnicos contratados pelo BNDES. A Resolução 203/2021, que trata dos passos que serão realizados para a saída da União da estatal, prevê em primeiro lugar a segregação de Itaipu Binacional e Eletronuclear em uma nova empresa pública, de modo que permaneçam sob controle do governo federal, como estipulado na Constituição.
O documento fala também sobre diversos atos e contratos para ser finalmente viabilizada a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3. Esses atos e contratos, além de garantir a boa governança da Eletronuclear, permitirão que os investimentos públicos realizados no projeto não sejam perdidos, mas se revertam em favor da sociedade.
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